O Acervo Origens é uma iniciativa do violeiro, pesquisador e produtor musical Cacai Nunes e visa pesquisar, catalogar, divulgar e compartilhar conteúdos musicais na internet e em atividades culturais das mais diversas como shows, saraus, bailes de forró e programas de rádio. Ao identificar, articular e divulgar a música brasileira, sua história e elementos – entendidos como o conjunto entrelaçado de saberes, experiências e expressões de pessoas, grupos e comunidades, sobre os mais diversos temas – o ACERVO ORIGENS visa contribuir para a geração e distribuição de um valioso conhecimento, muitas vezes ignorado e disperso pelo território nacional.
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domingo, 6 de setembro de 2009

Campanha Fotográfica África em Nós

         A campanha fotográfica África em Nós, criada pela secretaria de Estado da cultura de São Paulo convoca toda população paulista a participar através da fotografia, no que ela vê, sente e compreende sobre a presença e a herança africana no dia a dia.


O tema é a própria África, o continente mãe. Como perceber os sinais africanos? Quais os sinais perceptíveis em nossa cultura? Cada participante deve realizar sua foto mostrando como vê e sente esta África que existe perto de nós.

Visite o site da campanha www.africaemnos.com.br para ler o regulamento e participar. Fotógrafos amadores ou não podem mandar suas fotos até dia 15 de Setembro.


O curador responsável é o fotógrafo renomado Walter Firmo e a organização é pela Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias.


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Luiz Gonzaga - Vídeo


Olá amigos do Acervo Origens.

Desculpem-nos pela demora em atualizar o nosso conteúdo.
Estamos nos estruturando para melhorar nosso Blog e em breve teremos boas novas pra vocês.

Vou deixando um belo achado do nosso Luiz Gonzaga em vídeo.


Trata-se de uma participação dele no filme "Sem Essa, Aranha" (1970), de Rogerio Sganzerla cantando Boca de Forno (Tânia).
Está música está no LP "Sertão 70" lançado pela RCA-Victor.

Este vídeo foi originalmente postado no Youtube por PARENTE e reeditado pelo Acervo Origens.

Bom Proveito !

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Natura Musical - Últimos dias

Vocês conhecem o Natura Musical? É um programa que já apoiou mais de 100 projetos de música brasileira de todos os cantos do país! Qualquer projeto que faça da música um veículo de bem estar pode se inscrever no Edital Nacional 2009.



quarta-feira, 29 de julho de 2009

O Jovem Luiz Gonzaga - Dica de Livro

Livro retrata com detalhes e romantismo a vida de
Luiz Gonzaga, sanfoneiro mais venerado do país

Nahima Maciel do Correio Braziliense

Publicação: 29/07/2009 07:56 Atualização: 29/07/2009 08:14


Luiz Gonzaga estava com 18 anos quando entrou para o Exército. Apesar de tocar sanfona muito bem, não sabia ler partitura. Acabou condenado a entoar corneta na banda militar. Afinal, corneteiro não precisava ler as notas e o maestro era severo: quem não entende a pauta musical não pode tocar instrumento na banda. Ironicamente, anos mais tarde Luiz Gonzaga se tornaria o sanfoneiro mais conhecido e celebrado do Brasil. Quando isso aconteceu, já era capaz de ler partitura, mas não foi com a educação formal que as raízes musicais foram plantadas. Essas sementes começaram a florescer muito antes, durante a infância em Exu (1)(PE), onde nasceu. O escritor Roniwalter Jatobá mergulhou nessa infância para escrever O jovem Luiz Gonzaga, o 10º volume da coleção Jovens Sem Fronteiras que a Editora Nova Alexandria lança na próxima semana.


A história do sanfoneiro proibido de tocar porque não lia partitura está entre as mais interessantes do livro, mas é com uma das últimas apresentações de Gonzaga que Jatobá dá início à história. Doente e debilitado pelo câncer, o compositor subiu ao palco em Senhor do Bonfim sem conseguir empunhar a sanfona. Fraco demais, apenas cantou. A cena é contada com detalhes pelo escritor. Há diálogos, pensamentos e muitas descrições, característica que se estende a todo o livro. “Tem muito diálogo para facilitar a leitura porque é uma coleção dirigida a jovens e o texto tem que ser agradável, direto. Busco mais informações por intermédio do que já foi publicado, mas me dou o direito de fantasiar um pouco nesses diálogos, porque é diferente de uma biografia, que tem que ser certinha. Ficcionalizo um pouco em cima de algumas coisas, mas não fujo dos detalhes, não mudo o que aconteceu”, avisa Jatobá, autor de O jovem JK, O jovem Che Guevara e O jovem Fidel, da mesma coleção. Após dois anos de pesquisa que incluiu, além da leitura de todas as publicações sobre o sanfoneiro, visitas aos locais por onde passou e conversas com personagens que o viram no palco, o escritor passou tudo para o papel com a intenção de ressaltar a força de vontade que sempre guiou o músico. “Tento mostrar ao jovem o que o biografado fez para alcançar seus objetivos. No caso do Gonzaga, mostro as dificuldades, mas também a força de vontade que, se ele não tivesse, não teria conseguido tudo o que conseguiu.”

Essência
No entanto, o escritor não se prende a roteiros cronológicos. A leveza de O jovem Luiz Gonzaga vem dos saltos no tempo praticados pelo autor, que narra como se estivesse presente nas cenas descritas e devota especial atenção à infância do sanfoneiro. “O mais importante foi a vivência dele em Exu, onde conseguiu captar toda a essência de sua vida. Essa primeira infância foi fundamental. Ele aprendeu a tocar enquanto escutava o pai e depois usou isso na sua música. Em outro momento importante, ele foge de casa e vai para o Exército. Lá, aprendeu alguma coisa no sentido de conhecer o mundo e viajou muito pelo Brasil.” Mais tarde veio o sucesso. Para consegui-lo, Gonzaga percorreu caminhos tort
os. No Rio, participava de concursos de rádio como sanfoneiro. Não tocava o forró pé-de-serra, sua marca e melhor performance, mas um repertório colhido em outros universos. Tango e outros ritmos costumavam pautar suas apresentações até resolver mostrar as suas raízes nordestinas. Foi então que o nome de Luiz Gonzaga ganhou o Brasil.

O sucesso veio acompanhado de altos e baixos. Jatobá conta que o sanfoneiro nunca entrou em baixa no Nordeste. Nas metrópoles, era diferente. Se não estivesse na mídia, acabava ignorado. “De repente ele desaparecia e depois reaparecia. Nos anos 1970, as universidades redescobriram Gonzagão, mas o auge foi nos anos 1950 e 1960. Mesmo assim, ele sempre viajava pelo interior do país, tocava em cinema, praça pública, circo, onde tivesse lugar para se apresentar.” O mais precioso na figura do compositor, no entanto, era generosidade. “Era um cara brincalhão e solidário com todo mundo. Não deixou grandes fortunas porque dava tudo. Se encontrava um cara com talento tocando nas feiras, mandava ele para a própria casa, no Rio. E tinha uma preocupação muito grande com a sua cidade de origem.”

» 1 - EXU
Gonzaga nasceu em dezembro de 1912 na fazenda Caiçara, no município de Exu, interior de Pernambuco. Hoje a casa é um museu e Exu abriga um centro cultural chamado Asa Branca, em homenagem à música mais conhecida do compositor.

» Leia trecho do livro O jovem Luiz Gonzaga
"Manhã de sábado, 18 de junho de 1988. Uma camioneta Chevrolet Veraneio 1984, de cor bege, cruza a ponte Presidente Dutra – a divisa das cidades de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia. Sopra um vento frio vindo das margens do rio São Francisco, de época de inverno, mas o calor que chega de outra direção, das terras áridas da caatinga, ao norte, logo vai aquecer o asfalto da estrada de rodagem.

Os cinco passageiros que lotam o veículo são músicos. Entre eles está Luiz Gonzaga, o mais famoso sanfoneiro do país, que vai se apresentar à noite na abertura das festas juninas de Senhor do Bonfim, a cerca de 120 quilômetros de distância. A Veraneio segue devagar. Desde que sofrera dois acidentes de carro, muitos anos atrás, Gonzaga sempre reclama quando o motorista pisa forte no acelerador.

Depois da ponte Presidente Dutra, já em terras da Bahia, a Veraneio entra na BR-407. O carro roda deixando para trás a cidade de Juazeiro. Sentindo um ligeiro mal-estar, Gonzaga aprecia a paisagem à beira da estrada, ali de extrema penúria.

– Aqui é pior do que Exu – comenta.

Um dos músicos gargalha. – Pensa que é brincadeira?

A estrada corta o meio da caatinga, de vegetação árida, de solo seco e pedregoso. De vez em quando, se vê um bode ou uma cabra que pasta perto do acostamento ou um raro pássaro em busca de água e comida.

– Se Exu fosse assim eu não teria sobrevivido – diz Gonzaga.

O carro passa por um entroncamento, à esquerda, que segue para as minas de cobre da Caraíba Metais.

– Por ali dá para se chegar a Euclides da Cunha. E também em Canudos, terra do Conselheiro – ensina Gonzaga, que conhecia meio mundo – Sem asfalto, estrada de terra.

Bem mais adiante, os passageiros cruzam com a pequena cidade de Jaguarari, próxima a Senhor do Bonfim.

Dali em diante, a natureza muda de água para vinho. Em lugar de chão pedregoso e vegetação catingueira, surgem terras férteis, morros verdejantes, nessa hora cobertos de nuvens de chuva.

– Exu é assim – diz Gonzaga, depois gargalha e aponta o dedo para o agrupamento de morros e grotas da serra do Gado Bravo, extensão da Chapada Diamantina, na cordilheira do Espinhaço, e segue em direção a Minas Gerais.

– Pé de serra.

A Veraneio passa pela rodoviária de Senhor do Bonfim.

– O movimento aqui já está grande – diz um dos músicos. – À noite o show vai lotar – completa Gonzaga.

domingo, 7 de junho de 2009

Programa Metrópolis - Série "Meu Primeiro Disco"

02/06/2009 - 17h37 - Por: UOL Música

João Bosco e Nação Zumbi estão na série "Meu Primeiro Disco". Projeto da Sony Music que relança álbuns em vinil. O programa "Metrópolis" é exibido pela TV Cultura de segunda a sexta-feira às 21h40.



Fonte:http://tvuol.uol.com.br/#list/type=tags/tags=144/edFilter=all/
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Para muitos a qualidade dos bolachões ainda não foi superada por nenhuma dessas novas tecnologias de mídias musicais atuais, e é apostando neste público que a Sony volta com lançamentos de álbuns no formato de vinis.

Com a série “Meu Primeiro Disco” a gravadora trouxe de volta às lojas os primeiros discos da carreira de cerca de 30 artistas diferentes. Entre eles o primeiro trabalho do Engelheiros do Hawaii “Longe Demais das Capitais” (foto) de 1986, Chico Science & Nação Zumbi com “Da Lama ao Caos”, 1994, Inimigos do Rei com “Inimigos do Rei” de 1986, e João Bosco com o álbum que levou seu nome “João Bosco” de 1973, todas em Vinil. Essas reedições são fabricadas nos Estados Unidos e chegam ao consumidor brasileiro por cerca de R$90 cada unidade.

No Brasil, a única fábrica ainda existente, porém desativada, é a Poly Som, que fica em Belford Roxo, no Rio de Janeiro. A gravadora Deckdisc confirmou recentemente a compra dessa fábrica, que passará por reforma e restauração de seus equipamentos. A promessa é de que até o fim do ano a indústria volte a produzir discos em vinis para a venda nacional.

Fontes

terça-feira, 12 de maio de 2009

Aldair Soares



Colaboração do amigo, DJ e pesquisador Ivan Dias, do Blog Forró em Vinil


1978 - Canta sua terra natal - Rio das Quintas


"Aldair Soares, nascido Aldair Alice Soares, em 04/05/1929, em Pedro Velho - RN. Iniciou a carreira na Rádio Poti, de Natal, foi para o Rio de Janeiro onde passou a se apresentar na Rádio Nacional. Gravou seus primeiros 78rpm no início da década de 1950. Ficou conhecido como "O pau-de-arara", devido ao transporte que o levou para o Rio de Janeiro.




Gravou alguns sucessos que todo forrozeiro sabe de cabeça, como "Pé do lajero" e "Moinho d´água", em suas primeiras gravações, ainda em 78 rpm. 
Neste álbum, de 1978, lançado pelo selo 'Asa Branca' que era um dos selos do Grupo RGE/Fermata, destaque para "Morena do grotão" de José Cândido e João do Vale. "

Mais uma vez, agradecendo a colaboração do amigo e DJ Ivan, do Blog Forró em Vinil.



sexta-feira, 8 de maio de 2009

Trilha Sonora Original - Vídeos


Recentemente realizei um trabalho para o Ministério do Turismo na composição de 50 músicas para fazer parte do Banco de Vídeo deste ministério e assim divulgar o país afora.
Em parceria com vários músicos conhecidos, montamos este banco e alguns vídeos estão a disposição na rede.

Pra começar, estou postando alguns vídeos com músicas de minha autoria:

Vídeo de Divulgação de Brasília



Vídeo de Divulgação de Alagoas



Vídeo de Divulgação de Mato Grosso do Sul



Vídeo de Divulgação de Mato Grosso



Para assistir os demais vídeos, clique aqui


domingo, 3 de maio de 2009


Um projeto bem bacana vem acontecendo aqui em Brasília do amigo Cícero Padim, que cuida do Blog Clip Clip Uha. É o 061 Uha !

Ele escolhe alguns artistas do DF e desenvolve clips e mini documentários em que o artista toca um tanto, conta um pouco de sua história e toca mais um tanto.

Assim ele descreve: 

061UHA! é o que temos de melhor musicalmente em Brasília. É mais, é um registro da época que vivemos, um documento sobre as identidades culturais musicais da nossa querida cidade e região. A partir de hoje vamos postar mini-documentários e clipes sobre músicos e bandas do nosso cerrado.

Começamos com o pé direito, "para o alto e adentro", com o querido Vavá Jets, Vavá El Afiouni, Vavá Afiouni. Além do vídeo abaixo, em breve postaremos um minidoc. com ele tumbém! "

061 Uha com Vavá Afiouni - Ai ai ai Niemai



061 Uha com Vavá Afiouni - Mini doc



E eu também participo deste projeto, claro !
Aí vão meus vídeos...

Com a palavra, o Padim.

" Encontrei Cacai Nunes às 8h na Água Mineral. O lugar escolhido não poderia ter sido melhor. Há anos que não pisava lá. Caminhando pelas trilhas e escutando a viola de Cacai, ficamos pensando que em breve a extensão do nosso Parque Nacional vai se transformar em Ecovila meio suspeita. Ou seja, perderemos uma reserva bucólica para mais uma construção desnecessária de alcatraz de luxo. Simbolismo oportuno nos apareceu em forma de gaiolas para a música Um Brasil de Viola, de Cacai Nunes. "

061 Uha com Cacai Nunes - Um Brasil de Viola


061 Uha com Cacai Nunes - mini doc



Até o próximo vídeo do 061 Uha !

quinta-feira, 23 de abril de 2009

23 de abril - Dia de São Jorge



Hoje é dia 23 de abril. É dia de São Jorge. Feriado no Rio de Janeiro.
Salve Ogun. Ògún ieé. 

Estou publicando um LP do Templo Espírita Caboclo Guaracy, com pontos de Umbanda somente relacionados a São Jorge. Os discos de Umbanda são sempre um sucesso por aqui no Blog.
Este disco é do amigo e DJ Pezão. Fiz uma cópia há alguns anos, e estou compartilhando com vocês.



É também o Dia Nacional do Choro. Dia em que nasceu um dos maiores compositores da música brasileira, Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha.

Mas essa homenagem será feita outro dia.

Por enquanto, Salve São Jorge.

Asè


quinta-feira, 16 de abril de 2009

Vavá Afiouni - Baixo Solo


Colaboração do companheiro, poeta, baixista, compositor Vavá Afiouni ou Wava El Afiouni.
Eis alguns vídeos de suas músicas em concepção baixo-solo.

Bom Proveito !!

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Em abril de 2009, agora mesmo, eu tive a oportunidade de estrear meu novo trabalho no teatro da Brasil Telecom, Vavá Jets e a Memória Rã, músicas de minha autoria tocadas por mim no instrumento que eu mais gosto de tocar, o baixo elétrico. A idéia começou com música instrumental, tocando choros e música popular, até que eu consegui entender que dava para aliar a minha vontade de fazer um baixo interessante a vontade suprema de tocar minhas composições – tudo bem, tem gente que é mais lento – superado o preconceito com a gravidade da situação, apresento aos leitores baixadores assíduos do Acervo Origens, alguns vídeos domésticos, gravados em minha humilde morada manicomial, que demonstram um pouco do que a qualquer momento entrará em cartaz numa casa perto de você. 

O Sistema é Bruto 

Essa canção mostra a cara da mulher moderna, que sabe o que quer e não se deixa induzir pelos mandamentos da sociedade convencional. Ela é a dona do apê, lhe manda embora, junto com as contas, não, não entre em contato, se ela aparenta que não sabe pra onde vai, por outro lado, deixa claro pra onde não vai (até você), e o que ela não quer, (que é mais te ver). Essa música faz parte de meu repertório conjugal, de minhas músicas de amor, ou da falta dele. O sistema não é mais o mesmo, agora você percebe que o controle que nunca teve, mais que achava que tinha, realmente você não tem – o sistema agora é bruto.  


Alice 

O país das maravilhas é habitado pelo ego, que deve ser banido para que a maravilha real impere. Convenções, valores sociais e crises de personalidade devem ser empurradas de cima do muro para que tomem posição, desmascaradas pelo individualismo – puts!  


Ai ai ai Niemai 

Esse é meu hit! Essa música é muito tocada pela minha banda, o Toró de Palpite. Todo compositor deve falar algo de sua própria cidade, bem ou mal, ajuda a contextualizar a arte e o artista. Essa música fala um pouco de Brasília, suas retas e curvas e suas figuras mitológicas - apesar de tão moça essa terrinha já dá muito!  

Essa composição surgiu num momento interessante: depois de um dia de muita cachoeira na Chapada dos Veadeiros, tava eu no camping com uma idéia fixa, que vim desenvolvendo na trilha. Passados uns 47 minutos de muito suor e fumaça, o que eu tinha era um pequeno trecho de 6 palavras. Eu cantava: ai ai ai Niemai, nossa arquitetura... desafinando isso repetidamente por 47 minutos ininterruptos de dentro de minha barraca amarela, devo ter provocado a ira de alguns dos campistas, foi quando um deles gritou em alvoroço: - reta, curva, Lúcio Costa. Pelo menos foi isso o que entendi. Tenho fama de surdo, e ele pode ter me xingado de qualquer coisa, mas era tudo o que eu precisava para terminar o refrão: Ai ai ai , Niemai, nossa arquitetura, reta, curva, Lúcio Costa.