Apresentação gravada durante o Violeiros do Brasil Festival On Line, no dia 25 de abril de 2021.
O Acervo Origens é uma iniciativa do violeiro, pesquisador e produtor musical Cacai Nunes e visa pesquisar, catalogar, divulgar e compartilhar conteúdos musicais na internet e em atividades culturais das mais diversas como shows, saraus, bailes de forró e programas de rádio.
Ao identificar, articular e divulgar a música brasileira, sua história e elementos – entendidos como o conjunto entrelaçado de saberes, experiências e expressões de pessoas, grupos e comunidades, sobre os mais diversos temas – o ACERVO ORIGENS visa contribuir para a geração e distribuição de um valioso conhecimento, muitas vezes ignorado e disperso pelo território nacional.
Mostrando postagens com marcador Viola Caipira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Viola Caipira. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 6 de outubro de 2022
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
Programa Acervo Origens - 10nov18 - Especial Badia Medeiros
1) Folia do Divino (Tradicional) com Badia Medeiros: guia (2ª voz e viola caipira), Lucrécio Alves Medeiros: ajudante (1ª voz e viola caipira), Geraldo Costa de Oliveira: resposta (2ª voz e viola caipira), Osmar da Costa Vale: ajudante de resposta (1ª voz e viola caipira), Benedito André da Silva (caixa), Adalcino Fonseca Durães (viola caipira), José Aparecido Pereira da Silva (Rabeca de cinco cordas)
2) Toque antigo (Tradicional - Adapt Badia Medeiros) com Badia Medeiros (Sanfona de 8 baixos), Roberto Corrêa (Viola Caipira) e Cacai Nunes (Violão)
3) Valsa pra aniversário (Badia Medeiros) com Badia Medeiros (Viola Caipira)
4) Pica-pau (Tradicional - Adapt Badia Medeiros) com Badia Medeiros (Sanfona de 8 baixos) e Cacai Nunes (Violão)
5) Carreira de cavalo (Badia Medeiros) com Badia Medeiros (Violão)
6) Arrasta-pé na barraca (Badia Medeiros) com Badia Medeiros (viola caipira)
7) Toque do Rio Preto (Tradicional - Adapt Badia Medeiros) com Badia Medeiros (Viola Caipira)
8) Curraleira de folia (Tradicional) com Diego (1ª voz e violão), Daniel (2{ voz), Badia Medeiros (pandeiro), Edmilson Mendes (pandeiro) e Veríssimo Fernando de Castro (caixa)
9) Brasília era um deserto (Geraldo Afonso Alarcão) com Geraldo Afonso Alarcão (1ª voz e viola caipira), Badia Medeiros (2ª voz e violão), Nego de Brito, Marsivon Mendes, Veríssimo de Castro e Edimilson Mendes (palmas)
10) Inhuma do Badia (Badia Medeiros) com Badia Medeiros (Viola Caipira) Paulo Freire (Viola de Cocho)
11) Recorte do Velhote (Roberto Corrêa) com Roberto Corrêa (voz e viola caipira), Paulo Freire (voz e viola de cocho), Badia Medeiros (Sapateado)
12) Desembolada (Tradicional - Adapt Badia Medeiros) com Badia Medeiros (Voz e viola caipira)
13) Quase Verdade (Badia Medeiros) com Badia Medeiros (2ª voz e viola), Lucrécio Medeiros (1ª voz e viola)
14) Paca cara (Tradicional - Adapt Badia Medeiros) com Badia Medeiros
15) A viola tem amor (Badia Medeiros) com Badia Medeiros (1ª voz e violão) e Roberto Corrêa (2ª voz e viola caipira)
Pesquisa, Produção e apresentação: Cacai Nunes
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
Aulas de Viola Brasileira com Cacai Nunes
Estou disponibilizando horários para repassar alguns de meus conhecimentos acerca deste belo instrumento que vem, cada dia mais, ganhando espaço e novas abordagens musicais.
•
Harmonia, formação de acordes, repertório e outras informações que podem ser valiosas no seu caminho musical.
•
Manda direct, inbox, e-mail ou zap que a gente encontra um horário em comum pra essa troca.
•
Foto: Francesca Maiolino
•
#violacaipira #violabrasileira #ponteado #ponteio #viola #musicabrasileira#harmonia
•
Harmonia, formação de acordes, repertório e outras informações que podem ser valiosas no seu caminho musical.
•
Manda direct, inbox, e-mail ou zap que a gente encontra um horário em comum pra essa troca.
•
Foto: Francesca Maiolino
•
#violacaipira #violabrasileira #ponteado #ponteio #viola #musicabrasileira#harmonia
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Programa Acervo Origens - 13set15 - Especial Renato Andrade
No ar o Programa Acervo Origens com um especial sobre um dos maiores violeiros de todos os tempos, Renato Andrade. Com textos de Gabriela Tunes e a colaboração da tese de mestrado de Vinícius Muniz.
1 Prelúdio da Inhuma (Renato Andrade) com Renato Andrade
2 O Jeca na estrada (Renato Andrade) com Renato Andrade
3 Literatura do Cordel (Renato Andrade) com Renato Andrade
4 Corpo fechado (Renato Andrade) com Renato Andrade
2 O Jeca na estrada (Renato Andrade) com Renato Andrade
3 Literatura do Cordel (Renato Andrade) com Renato Andrade
4 Corpo fechado (Renato Andrade) com Renato Andrade
5 Viola de Cego (Renato Andrade) * Dedicada a Guerra Peixe com Renato Andrade
6 Urupês (Renato Andrade) com Renato Andrade
7 Tristezas do Jeca (Angelino de Oliveira) com Renato Andrade
8 Paineiras (Renato Andrade) com Renato Andrade
6 Urupês (Renato Andrade) com Renato Andrade
7 Tristezas do Jeca (Angelino de Oliveira) com Renato Andrade
8 Paineiras (Renato Andrade) com Renato Andrade
9 Terno de dançantes (Renato Andrade) com Renato Andrade
10 Cabaré do João Baixinho (Renato Andrade) com Renato Andrade
11 Grande Sertão (Renato Andrade) com Renato Andrade
12 O demonio e a donzela (Renato Andrade) com Renato Andrade
13 Tutameia (Renato Andrade) com Renato Andrade
10 Cabaré do João Baixinho (Renato Andrade) com Renato Andrade
11 Grande Sertão (Renato Andrade) com Renato Andrade
12 O demonio e a donzela (Renato Andrade) com Renato Andrade
13 Tutameia (Renato Andrade) com Renato Andrade
14 Raízes fronteiriças (Renato Andrade - Tupi) com Renato Andrade
15 Viola bem temperada (Renato Andrade) com Renato Andrade
16 Meu abraço a Portugal (Renato Andrade) com Renato Andrade
17 A viola e sua origem (Renato Andrade) com Renato Andrade
15 Viola bem temperada (Renato Andrade) com Renato Andrade
16 Meu abraço a Portugal (Renato Andrade) com Renato Andrade
17 A viola e sua origem (Renato Andrade) com Renato Andrade
18 Canotilho (Renato Andrade) com Renato Andrade
19 Fala, viola ! (Renato Andrade) com Renato Andrade
20 Chegada dos Foliões (Renato Andrade) com Renato Andrade
21 Viola enfeitada de fitas (Renato Andrade) com Renato Andrade
19 Fala, viola ! (Renato Andrade) com Renato Andrade
20 Chegada dos Foliões (Renato Andrade) com Renato Andrade
21 Viola enfeitada de fitas (Renato Andrade) com Renato Andrade
Programa Acervo Origens, todo sábado às 19h na Nacional Brasília FM 96,1 ou on line no www.acervoorigens.com
Apresentação: Cacai Nunes
Redação: Gabriela Tunes
Redação: Gabriela Tunes
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Badia Medeiros e Cacai Nunes - Vídeo
É com enorme satisfação que compartilho um vídeo em que estou ao lado do Mestre Badia Medeiros, detentor de conhecimentos tradicionais, tocador de viola, guia de folia de reis, dançador de lundu e um grande compositor...
É sempre bom aprender e aprender !!
É sempre bom aprender e aprender !!
Estamos cantando um pagode de sua autoria chamado Quase Verdade.
Viva o Badia, viva a viola !!!
Viva o Badia, viva a viola !!!
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Programa Acervo Origens - 20set-14 - Especial Renato Andrade
No ar o Programa Acervo Origens com um especial sobre um dos maiores violeiros de todos os tempos, Renato Andrade. Com textos de Gabriela Tunes e a colaboração da tese de mestrado de Vinícius Muniz.
1 Prelúdio da Inhuma (Renato Andrade) com Renato Andrade
2 O Jeca na estrada (Renato Andrade) com Renato Andrade
3 Literatura do Cordel (Renato Andrade) com Renato Andrade
4 Corpo fechado (Renato Andrade) com Renato Andrade
2 O Jeca na estrada (Renato Andrade) com Renato Andrade
3 Literatura do Cordel (Renato Andrade) com Renato Andrade
4 Corpo fechado (Renato Andrade) com Renato Andrade
5 Viola de Cego (Renato Andrade) * Dedicada a Guerra Peixe com Renato Andrade
6 Urupês (Renato Andrade) com Renato Andrade
7 Tristezas do Jeca (Angelino de Oliveira) com Renato Andrade
8 Paineiras (Renato Andrade) com Renato Andrade
6 Urupês (Renato Andrade) com Renato Andrade
7 Tristezas do Jeca (Angelino de Oliveira) com Renato Andrade
8 Paineiras (Renato Andrade) com Renato Andrade
9 Terno de dançantes (Renato Andrade) com Renato Andrade
10 Cabaré do João Baixinho (Renato Andrade) com Renato Andrade
11 Grande Sertão (Renato Andrade) com Renato Andrade
12 O demonio e a donzela (Renato Andrade) com Renato Andrade
13 Tutameia (Renato Andrade) com Renato Andrade
10 Cabaré do João Baixinho (Renato Andrade) com Renato Andrade
11 Grande Sertão (Renato Andrade) com Renato Andrade
12 O demonio e a donzela (Renato Andrade) com Renato Andrade
13 Tutameia (Renato Andrade) com Renato Andrade
14 Raízes fronteiriças (Renato Andrade - Tupi) com Renato Andrade
15 Viola bem temperada (Renato Andrade) com Renato Andrade
16 Meu abraço a Portugal (Renato Andrade) com Renato Andrade
17 A viola e sua origem (Renato Andrade) com Renato Andrade
15 Viola bem temperada (Renato Andrade) com Renato Andrade
16 Meu abraço a Portugal (Renato Andrade) com Renato Andrade
17 A viola e sua origem (Renato Andrade) com Renato Andrade
18 Canotilho (Renato Andrade) com Renato Andrade
19 Fala, viola ! (Renato Andrade) com Renato Andrade
20 Chegada dos Foliões (Renato Andrade) com Renato Andrade
21 Viola enfeitada de fitas (Renato Andrade) com Renato Andrade
19 Fala, viola ! (Renato Andrade) com Renato Andrade
20 Chegada dos Foliões (Renato Andrade) com Renato Andrade
21 Viola enfeitada de fitas (Renato Andrade) com Renato Andrade
Programa Acervo Origens, todo sábado às 19h na Nacional Brasília FM 96,1 ou on line no www.acervoorigens.com
Apresentação: Cacai Nunes
Redação: Gabriela Tunes
Redação: Gabriela Tunes
sábado, 26 de abril de 2014
Mestra na tradição de fiar, Dona Gercina faz sua passagem
daqui do Ceará, acabo de saber da passagem de Dona Gercina, uma das fiandeiras de Sagarana ( "a roda que eu fio nela ô baiana ").
Mulher forte, carinhosa, delicada, verdadeira e uma grande violeira e compositora !
Reforço a necessidade de estarmos, cada vez mais, perto das tradições e das pessoas que detém nossos conhecimentos tradicionais.
Viva Dona Gercina e viva o canto das fiandeiras !!
terça-feira, 25 de março de 2014
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Novos vídeos - Cacai Nunes
Olá Pessoal.
temos mais vídeos do show de lançamento do meu novo álbum CASA DO CHAPÉU, realizado em 19 de novembro de 2013.
Assistam e compartilhem !
Flor de Peregum (Cacai Nunes)
Cacai Nunes: Viola Brasileira
Vavá Afiouni: Baixo Acústico
George Lacerda: Percussão
Ogã Bruno: Atabaque Lé
Obá Deco: Atabaque Rumpi
Álàgbè Elton: Atabaque Rum
Gravado no Teatro Sesc Garagem em 19nov13
Imagens: Alan Shivas (Coletivo Muruá) e Randal Andrade
Iluminação: Manuela Castelo Branco
Cenário: Maria Cláudia Nunes, Rosalba Nunes, Dani do Vale e Laura Bandeira.
Sonorização: Tiago Trigo
Produção: Déborah Minardi
Direção Musical e Edição: Cacai Nunes
www.facebook.com/cacai.nunes
Casa do Chapéu (Cacai Nunes)
Cacai Nunes: Viola Brasileira
Vavá Afiouni: Baixo Acústico
George Lacerda: Percussão
Ogã Bruno: Atabaque Lé
Obá Deco: Atabaque Rumpi
Álàgbè Elton: Atabaque Rum
Gravado no Teatro Sesc Garagem em 19nov13
Imagens: Alan Shivas (Coletivo Muruá) e Randal Andrade
Iluminação: Manuela Castelo Branco
Cenário: Maria Cláudia Nunes, Rosalba Nunes, Dani do Vale e Laura Bandeira.
Sonorização: Tiago Trigo
Produção: Déborah Minardi
Direção Musical e Edição: Cacai Nunes
www.facebook.com/cacai.nunes
temos mais vídeos do show de lançamento do meu novo álbum CASA DO CHAPÉU, realizado em 19 de novembro de 2013.
Assistam e compartilhem !
Flor de Peregum (Cacai Nunes)
Cacai Nunes: Viola Brasileira
Vavá Afiouni: Baixo Acústico
George Lacerda: Percussão
Ogã Bruno: Atabaque Lé
Obá Deco: Atabaque Rumpi
Álàgbè Elton: Atabaque Rum
Gravado no Teatro Sesc Garagem em 19nov13
Imagens: Alan Shivas (Coletivo Muruá) e Randal Andrade
Iluminação: Manuela Castelo Branco
Cenário: Maria Cláudia Nunes, Rosalba Nunes, Dani do Vale e Laura Bandeira.
Sonorização: Tiago Trigo
Produção: Déborah Minardi
Direção Musical e Edição: Cacai Nunes
www.facebook.com/cacai.nunes
Casa do Chapéu (Cacai Nunes)
Cacai Nunes: Viola Brasileira
Vavá Afiouni: Baixo Acústico
George Lacerda: Percussão
Ogã Bruno: Atabaque Lé
Obá Deco: Atabaque Rumpi
Álàgbè Elton: Atabaque Rum
Gravado no Teatro Sesc Garagem em 19nov13
Imagens: Alan Shivas (Coletivo Muruá) e Randal Andrade
Iluminação: Manuela Castelo Branco
Cenário: Maria Cláudia Nunes, Rosalba Nunes, Dani do Vale e Laura Bandeira.
Sonorização: Tiago Trigo
Produção: Déborah Minardi
Direção Musical e Edição: Cacai Nunes
www.facebook.com/cacai.nunes
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Lançamento do álbum CASA DO CHAPÉU - 19nov13
A Casa do Chapéu fica um pouco longe, exigindo um bocadinho de estrada para se chegar lá. Tem ares rurais, pés de pequi, articum, cagaita, murici, cobra, siriema, araras, tucanos, papagaios. Mas não fica tão longe a ponto de deixar totalmente para trás os perímetros urbanos da capital do Brasil, nem é tão rural que esteja alheia ao cosmopolitismo brasiliense. A Casa do Chapéu tem base de pedra, estrutura de eucalipto e seus tijolos de adobe foram feitos por um Kalunga, homem quilombola, vindo de Monte Alegre, em Goiás. A simplicidade da arquitetura popular, na Casa do Chapéu, consegue abrigar uma considerável parafernália tecnológica. São microfones, pré-amplificadores, computadores, monitores, cabos, fones, tocadores digitais e vitrolas, que, juntos, formam um moderno estúdio de gravação.
Foi no ano de 2011, precisamente no dia de seu aniversário, que Cacai Nunes, brasiliense, violeiro, pesquisador e produtor musical, iniciou, com cuidado e carinho, a construção de sua Casa do Chapéu, localizada nas proximidades da cidade de Sobradinho; perto, também, do terreiro onde Cacai atua como Ogã. Junto com ela, alimentava a idéia de gravar um novo disco, o que aconteceu em 2013. O disco, gravado em casa, ganhou o nome do lugar. Assim como a construção, que imita as antigas casas populares, o disco Casa do Chapéu foi feito nos moldes de antigamente: gravado ao vivo, captando as sutilezas das interações entre os músicos. Todas as músicas são de Cacai, com as únicas exceções de uma música de autoria de Roberto Corrêa e uma versão de Eleanor Rigby, de Lennon e McCartney. Cacai teve, também, a luxuosa ajuda de André Magalhães na produção, trazendo, para a Casa do Chapéu, a vasta experiência que ele teve alhures, nas mais de 300 produções que realizou, incluindo Ponto BR, A Barca, Kiko Dinucci, Barbatuques, e muitos outros.
No novo trabalho de Cacai, suas múltiplas influências, do rock, do choro, do samba, da música instrumental universal, e tantas outras a que todo músico brasiliense é amplamente exposto, estão agora presentes, não com a mesma força do primeiro disco, mas temperando a substância do álbum, feita de música nordestina e ponteados de viola. Cacai explora a viola nas mais variadas nuances, indo da alegria do samba e do frevo à doçura da guarânia, do balanço do forró à densidade dos toques de candomblé; do mesmo modo, vai da simplicidade dos toques tradicionais à ousadia moderna dos acordes dissonantes.
A primeira faixa, Casa do Chapéu, de fato abre suas portas e alegremente convida a entrar. Com a vitalidade do samba de roda do recôncavo baiano, avisa aos que chegam à Casa do Chapéu: que entrem dançando e rodando a saia. Em seguida, inspirado nas aparições fugazes de um Lobo-Guará seu vizinho, que costumava encontrar de madrugada, Cacai compôs para ele a bela Lobo-Guarânia, que tem uma parceria muito feliz entre a viola de Cacai e a sanfona de Marcos Farias; Cabaceiras é uma volta à ancestralidade materna, pois é o nome da cidade natal de Dona Rosalba, a mãe de Cacai. Sopro, a quarta faixa do disco, é momento marcante do álbum, em que um trio de atabaques executa o vigoroso toque para Oyá, acompanhando a viola.
O álbum tem, ainda, a doçura da viola de cocho, tocada em Inhuma de Cocho, e o forró bom de arrastar sandália em Forró sem Aperreio. Em Tudo Alterado, Cacai mostra como a viola caipira digere a música contemporânea, e, em acordes dissonantes, diferentes e tensos, a viola fala modernês, sem enrolar a língua e sem esquecer suas referências originais. Cacai faz, em Eleanor Rigby, de Lennon e McCartney, um retorno ao começo de sua trajetória musical, na adolescência guitarrística e roqueira. Ele escolheu a bela Perobeira-Maria, de autoria de Roberto Corrêa, para homenagear o homem que foi seu mestre nas artes da viola. Casa do Chapéu encerra com Tá Com Pressa, Boiada ?, uma curraleira tradicional de Goiás e Minas Gerais, que se mistura com pagode de viola, o ritmo usado na catira. Então, assim como a chegada, a partida da Casa do Chapéu é alegre e vibrante.
Eis, então, um disco de viola brasileira brasiliense: caipira e cosmopolita, com sabor de tradição e cheiro de futuro.
TEXTO: Gabriela Tunes
SERVIÇO
Foi no ano de 2011, precisamente no dia de seu aniversário, que Cacai Nunes, brasiliense, violeiro, pesquisador e produtor musical, iniciou, com cuidado e carinho, a construção de sua Casa do Chapéu, localizada nas proximidades da cidade de Sobradinho; perto, também, do terreiro onde Cacai atua como Ogã. Junto com ela, alimentava a idéia de gravar um novo disco, o que aconteceu em 2013. O disco, gravado em casa, ganhou o nome do lugar. Assim como a construção, que imita as antigas casas populares, o disco Casa do Chapéu foi feito nos moldes de antigamente: gravado ao vivo, captando as sutilezas das interações entre os músicos. Todas as músicas são de Cacai, com as únicas exceções de uma música de autoria de Roberto Corrêa e uma versão de Eleanor Rigby, de Lennon e McCartney. Cacai teve, também, a luxuosa ajuda de André Magalhães na produção, trazendo, para a Casa do Chapéu, a vasta experiência que ele teve alhures, nas mais de 300 produções que realizou, incluindo Ponto BR, A Barca, Kiko Dinucci, Barbatuques, e muitos outros.
No novo trabalho de Cacai, suas múltiplas influências, do rock, do choro, do samba, da música instrumental universal, e tantas outras a que todo músico brasiliense é amplamente exposto, estão agora presentes, não com a mesma força do primeiro disco, mas temperando a substância do álbum, feita de música nordestina e ponteados de viola. Cacai explora a viola nas mais variadas nuances, indo da alegria do samba e do frevo à doçura da guarânia, do balanço do forró à densidade dos toques de candomblé; do mesmo modo, vai da simplicidade dos toques tradicionais à ousadia moderna dos acordes dissonantes.
A primeira faixa, Casa do Chapéu, de fato abre suas portas e alegremente convida a entrar. Com a vitalidade do samba de roda do recôncavo baiano, avisa aos que chegam à Casa do Chapéu: que entrem dançando e rodando a saia. Em seguida, inspirado nas aparições fugazes de um Lobo-Guará seu vizinho, que costumava encontrar de madrugada, Cacai compôs para ele a bela Lobo-Guarânia, que tem uma parceria muito feliz entre a viola de Cacai e a sanfona de Marcos Farias; Cabaceiras é uma volta à ancestralidade materna, pois é o nome da cidade natal de Dona Rosalba, a mãe de Cacai. Sopro, a quarta faixa do disco, é momento marcante do álbum, em que um trio de atabaques executa o vigoroso toque para Oyá, acompanhando a viola.
O álbum tem, ainda, a doçura da viola de cocho, tocada em Inhuma de Cocho, e o forró bom de arrastar sandália em Forró sem Aperreio. Em Tudo Alterado, Cacai mostra como a viola caipira digere a música contemporânea, e, em acordes dissonantes, diferentes e tensos, a viola fala modernês, sem enrolar a língua e sem esquecer suas referências originais. Cacai faz, em Eleanor Rigby, de Lennon e McCartney, um retorno ao começo de sua trajetória musical, na adolescência guitarrística e roqueira. Ele escolheu a bela Perobeira-Maria, de autoria de Roberto Corrêa, para homenagear o homem que foi seu mestre nas artes da viola. Casa do Chapéu encerra com Tá Com Pressa, Boiada ?, uma curraleira tradicional de Goiás e Minas Gerais, que se mistura com pagode de viola, o ritmo usado na catira. Então, assim como a chegada, a partida da Casa do Chapéu é alegre e vibrante.
Eis, então, um disco de viola brasileira brasiliense: caipira e cosmopolita, com sabor de tradição e cheiro de futuro.
TEXTO: Gabriela Tunes
SERVIÇO
Show de Lançamento do álbum CASA DO CHAPÉU
CACAI NUNES - Viola Brasileira
Terça-feira . 19nov13 . 20h30
Teatro Sesc Garagem . 713/913 Sul
R$ 30 (inteira ) . R$ 15 (meia)
INGRESSOS ANTECIPADOS: Musical Center Sebo de Discos (215 norte)
Info: (61) 8130.0594
Músicos Convidados:
Vavá Afiouni: Baixo Acústico
George Lacerda: Percussão
Marcos Farias: Acordeon
Davi Farias: Zabumba
Alagbe Elton: Atabaque Rum
Obá Deco: Atabaque Rumpi
Ogã Bruno: Atabaque Lé
REALIZAÇÃO: Acervo Origens
APOIO: Balaio Café , Brasil Vexado
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Curraleira de Formosa (GO) - Vídeo
Registro feito em 2002 pelo Acervo Origens mostra a Curraleira do Grupo da Amizade, da cidade de Formosa (GO)
Coisa linda !!
Coisa linda !!
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Badia Medeiros - Inhuma do Badia
Registro exclusivo do Acervo Origens para o Projeto Um Brasil de Viola
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Mestre Manelim (Urucuia-MG) ponteia uma Inhuma brôca - Vídeo
Mais um belo vídeo que disponibilizamos para vocês
uma coisa linda que o Mestre Manelim, lá de Urucuia(MG), gravou pra gente em 2010 !!
COMPARTILHEM ESTE BELO REGISTRO DA TRADIÇÃO DA VIOLA DE MINAS GERAIS
Registro exclusivo do Acervo Origens para o Projeto Um Brasil de Viola
www.umbrasildeviola.blogspot.com
uma coisa linda que o Mestre Manelim, lá de Urucuia(MG), gravou pra gente em 2010 !!
COMPARTILHEM ESTE BELO REGISTRO DA TRADIÇÃO DA VIOLA DE MINAS GERAIS
Registro exclusivo do Acervo Origens para o Projeto Um Brasil de Viola
www.umbrasildeviola.blogspot.com
quarta-feira, 3 de abril de 2013
CASA DO CHAPÉU - Teaser do novo álbum do violeiro Cacai Nunes
Olá amigos.
Estamos finalizando meu novo álbum, CASA DO CHAPÉU
O disco foi gravado em 7 dias na minha chácara em Sobradinho/DF, numa casa feita em adobe e eucalipto, seguindo formas tradicionais de construção, assim como o disco, que foi gravado quase todo ao vivo, nos moldes antigos !
Conta com a participação de Vavá Afiouni, George Lacerda, Ogã Alagbe Elton, Maestro Marcos Farias, Valéria Lehmann e Cláudio Rabeca e a produção é minha, juntamente com o André Magalhães.
Por enquanto, espiem só este teaser que a gente fez durante as gravações
Curtam a página www.facebook.com/cacainunes.viola, e fiquem por dentro das novidades deste lançamento.
Abraços
Cacai Nunes
Estamos finalizando meu novo álbum, CASA DO CHAPÉU
O disco foi gravado em 7 dias na minha chácara em Sobradinho/DF, numa casa feita em adobe e eucalipto, seguindo formas tradicionais de construção, assim como o disco, que foi gravado quase todo ao vivo, nos moldes antigos !
Conta com a participação de Vavá Afiouni, George Lacerda, Ogã Alagbe Elton, Maestro Marcos Farias, Valéria Lehmann e Cláudio Rabeca e a produção é minha, juntamente com o André Magalhães.
Por enquanto, espiem só este teaser que a gente fez durante as gravações
Curtam a página www.facebook.com/cacainunes.viola, e fiquem por dentro das novidades deste lançamento.
Abraços
Cacai Nunes
domingo, 11 de novembro de 2012
Programa Acervo Origens - 10nov12 - "Caipira: Raízes e Frutos"
Eis aqui mais um belo Programa Acervo Origens para vocês.
Desta vez, o repertório foi todo retirado de um LP incrível chamado "Caipira, Raízes e Frutos".
CLIQUE AQUI PARA BAIXAR
1) Ponta de Areia (Milton Nascimento - Fernando Brandt), com Boca Livre
2) Reciclagem (Zé Geraldo), com Toninho Café
3) Disparada (Theo de Barros - Geraldo Vandré), com Paulinho Nogueira
4) Romaria (Renato Teixeira), com Adauto Santos
5) Rio de Lágrimas (Piraci - Lourival dos Santos - Tião Carreiro), com Mineiro e Manduzinho
6) Violeiro Solteiro (Zé Carreiro - Carreirinho), com Mineiro e Manduzinho
7) Pagode (Tião Carreiro - Carreirinho), com Mineiro e Manduzinho
8) Viola Quebrada (Mário de Andrade - Ary Kerner), com Solange Maria
9) O trem tá feio (Tavinho Moura - Murilo Antunes), com Solange Maria e Adauto Santos
10) Ituverava (Ivan Lins - Vitor Martins), com Toninho Café, Adauto Santos e Solange Maria
11) Se eu fosse teu patrão (Chico Buarque), com Adauto Santos
12) Rio Pequeno (Tonico - J. Merlini),com Mineiro e Manduzinho
13) Situação Encrencada (Cornélio Pires), com Mineiro e Manduzinho
14) Moda da Revolução (Cornélio Pires - Arlindo Santana), com Mineiro e Manduzinho
15) Triste Berrante (Adauto Santos), com Solange Maria e Adauto Santos
16) Curió (Marco Antonio Vilalba), com Solange Maria e Adauto Santos
17) Lá na Roça (Candeia - Alvarenga), com Solange Maria e Adauto Santos
Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes
Textos: Gabriela Tunes
Digitalização do Acervo: Renato Menguele
sábado, 4 de agosto de 2012
Show de Cacai Nunes e Cláudio Rabeca - Terça 07 de agosto
O violeiro Cacai Nunes convida Cláudio
Rabeca para show em única apresentação. No dia 07 de agosto, às 20h, no
Teatro SESC Garagem. Os músicos se unem para apresentar músicas
regionais, mesclando o som genuíno da viola com a autenticidade da
rabeca, através de composições próprias e de grandes mestres populares. O
repertório do espetáculo será composto de músicas de Cacai Nunes, de
Cláudio Rabeca e interpretações de Gordurinha, Jackson do Pandeiro e
Luiz Gonzaga.
Os músicos já são amigos de longa data. Cacai
e Cláudio já se apresentaram juntos em Recife (PE) e em Garanhuns (PE),
pelo Projeto Duos. Em abril deste ano, os dois músicos também se
juntaram em apresentação no Theatro Municipal de Pirenópolis, no show
que fez parte da turnê “Luz do Baião”, projeto realizado por Cláudio
Rabeca.
Assistam aos músicos tocando Flor de Peregum, de Cacai Nunes, neste vídeo: http://youtu.be/Al6a45vntg0
Cacai Nunes
Pernambucano criado em Brasília, Cacai Nunes iniciou seus estudos de viola caipira em 2001 e, através de uma linguagem contemporânea, compôs trilhas sonoras para teatro, cinema e vídeos institucionais. Após lançar o álbum O Avesso, em 2006, representou o Brasil em festivais de músicas em países como Estados Unidos, Espanha, França e Holanda, Mali, Argélia, Suíça e Colômbia. Possui um site com base na sua pesquisa de música popular brasileira (www.acervoorigens.com) e apresenta o programa Acervo Origens, na Rádio Nacional Brasília FM (96,1mhz). Atualmente, é DJ do projeto Forró de Vitrola e se apresenta em parceria com os músicos George Lacerda e Vavá Afiouni, além de preparar seu segundo CD, que também contará com a participação de Cláudio Rabeca, tendo como base a música dos terreiros de candomblé.
Ouça Músicas de Cacai Nunes
http://soundcloud.com/cacai-nunes
Cláudio Rabeca
“Potiguar radicado em Recife”, cresceu vivenciando de perto os costumes musicais da tradição sertaneja do Rio Grande do Norte. Encontrou na cultura pernambucana a essência para desenvolver seus trabalhos musicais e artísticos. Músico profissional desde 1999, canta e toca instrumentos de cordas, como rabeca, viola de 10 cordas, violão, guitarra e também percussão popular. Cantor, compositor e rabequeiro do grupo Quarteto Olinda desde 2005, Cláudio Rabeca é um artista que vem se destacando no cenário da música pernambucana.
Ouça Músicas de Cláudio Rabeca
http://www.myspace.com/claudiorabeca
Pernambucano criado em Brasília, Cacai Nunes iniciou seus estudos de viola caipira em 2001 e, através de uma linguagem contemporânea, compôs trilhas sonoras para teatro, cinema e vídeos institucionais. Após lançar o álbum O Avesso, em 2006, representou o Brasil em festivais de músicas em países como Estados Unidos, Espanha, França e Holanda, Mali, Argélia, Suíça e Colômbia. Possui um site com base na sua pesquisa de música popular brasileira (www.acervoorigens.com) e apresenta o programa Acervo Origens, na Rádio Nacional Brasília FM (96,1mhz). Atualmente, é DJ do projeto Forró de Vitrola e se apresenta em parceria com os músicos George Lacerda e Vavá Afiouni, além de preparar seu segundo CD, que também contará com a participação de Cláudio Rabeca, tendo como base a música dos terreiros de candomblé.
Ouça Músicas de Cacai Nunes
http://soundcloud.com/
Cláudio Rabeca
“Potiguar radicado em Recife”, cresceu vivenciando de perto os costumes musicais da tradição sertaneja do Rio Grande do Norte. Encontrou na cultura pernambucana a essência para desenvolver seus trabalhos musicais e artísticos. Músico profissional desde 1999, canta e toca instrumentos de cordas, como rabeca, viola de 10 cordas, violão, guitarra e também percussão popular. Cantor, compositor e rabequeiro do grupo Quarteto Olinda desde 2005, Cláudio Rabeca é um artista que vem se destacando no cenário da música pernambucana.
Ouça Músicas de Cláudio Rabeca
http://www.myspace.com/
Viola e Rabeca
Trazida pelos portugueses durante a colonização, a viola é associada à cultura do interior do país e vem conquistando público nos centros urbanos. A rabeca é um instrumento rudimentar de origem árabe, também trazida ao Brasil pelas mãos de portugueses e é, usualmente, utilizado nos folguedos populares, muito difundida entre músicos de Pernambuco.
Trazida pelos portugueses durante a colonização, a viola é associada à cultura do interior do país e vem conquistando público nos centros urbanos. A rabeca é um instrumento rudimentar de origem árabe, também trazida ao Brasil pelas mãos de portugueses e é, usualmente, utilizado nos folguedos populares, muito difundida entre músicos de Pernambuco.
SERVIÇO
Show: Cacai Nunes convida Cláudio Rabeca (PE)
Teatro SESC Garagem - W4 Sul 713/913, Lote F
Quando: 07 de agosto às 20:00h
Entrada: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Informações (61) 8130.0594 / (61) 9545.2662
Ingressos Antecipados: Musical Center Sebo de Discos - 215 norte
Fone: 3274-0763
Show: Cacai Nunes convida Cláudio Rabeca (PE)
Teatro SESC Garagem - W4 Sul 713/913, Lote F
Quando: 07 de agosto às 20:00h
Entrada: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Informações (61) 8130.0594 / (61) 9545.2662
Ingressos Antecipados: Musical Center Sebo de Discos - 215 norte
Fone: 3274-0763
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Ivanildo Vila Nova e Geraldo Amâncio - Violas de Ouro (18/10/2011)
O grande nome do repente nordestino, Ivanildo Vila Nova, nasceu em Caruaru, Pernambuco, no ano de 1945. Ele cresceu acompanhando o pai, Faustino Vila Nova, um cantador famoso na região. Ele começou a atuar profissionalmente em 1963, e, de lá até aqui, acabou se tornando o mais renomado repentista brasileiro. No ano de 1974, juntamente com artistas e estudantes, promoveu um congresso de violeiros, em que reuniu os melhores repentistas do nordeste, e revelou cantadores de enorme talento que, até então, eram absolutamente desconhecidos. Ivanildo participou de mais de 500 congressos, torneios e noitadas de cantadores. Além dos vários LPs e CDs próprios, ele tem participação em mais de 30 discos. Entre os especialistas em repente, Ivanildo é unanimidade, considerado o melhor de todos, pelos seus versos bem acabados, imprevisíveis, criativos e capazes de tratar dos assuntos mais diversos. Com mais de 60 anos de vida e mais de 40 de carreira, Ivanildo segue na ativa, oferecendo alegria e sabedoria a quem estiver perto. O disco da postagem de hoje, gravado no ano de 1976, o foi antes que Ivanildo alcançasse grande sucesso, o que se deu, de fato, no ano de 1990, quando Elba Ramalho gravou Nordeste Independente, composição de sua autoria. Assim como realizou com vários outros parceiros, Ivanildo foi ajuda fundamental na carreira de Geraldo Amâncio. Reparem que as oito músicas são tocadas em ritmos diferentes, sete deles bem conhecidos (sextilha, mote, beira-mar, quadrão, martelo, mourão e gabinete), e um deles foi uma invenção da dupla (Brasil de Pai Tomás). Simplesmente sensacional!
Lado A
01-Deus o Homem e a Natureza
02-O mensageiro da Fé
03-Turismo pelo Brasil
04-A vida de cada um
Lado B
01-O Sertão em carne e alma
02-Deu tudo ao ontrário
03-Revoltas brasileiras
04-Giro pelo Mundo
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Zé do Rancho - Viola da Moda (04/10/2011)
O avô de Sandy e Júnior, grandes ídolos do pop-sertanejo, é um artista de múltiplos talentos, embora bem menos conhecido do que seus netos. João Isidoro Pereira nasceu e Guapiaçu, São Paulo, no ano de 1927. Com 8 anos, ele conta que já tocava cavaquinho em bailes, trabalhava como engraxate e fazia uns bicos daqui e dali. Aos 17 anos, apresentava-se em circos, como instrumentista, cantor e ator, com nome artístico de Bonifácio. Foi nesse período que adotou Zé do Rancho como nome artístico. Nos anos 50, ele tocava guitarra elétrica na famosa Orquestra Nelson de Tupã. Em 1954, na capital, trabalhou na rádio Tupi como substituto de Caboclinho, que estava adoentado, e formava trio com Serrinha e Riellinho. Quando Caboclinho faleceu, Zé do Rancho assumiu oficialmente o seu lugar. O trio fazia shows, gravações e mantinha um programa que ia ao ar três vezes por semana na Rádio Tupi. Na mesma época, ele formou dupla com seu irmão, o Zé do Pinho. Na década de 1960, o Serrinha, do famoso trio, largou a carreira, e foi substituído por Mariazinha, esposa de Zé do Rancho. O trio se desfez, em 1962, permanecendo a dupla Zé do Rancho e Mariazinha, que gravou vários LPs, até Mariazinha deixar a carreira artística. Zé do Rancho formou outra dupla, com Sebastião Gomes, que adotou o nome de Zé do Pinho. Eles gravaram vários LPs, até que Zé do Pinho resolveu virar pastor protestante. Zé do Rancho seguiu adiante, agora em carreira solo, quando, inclusive, seu talento como instrumentista foi destacado. Além das duplas, trios e discos-solo, Zé do Rancho participou da gravação de dezenas de discos de grandes artistas (como Tonico e Tinoco, Sérgio Reis, entre outros), tocando violão, viola caipira e cavaquinho. Foi também produtor musical, nas gravadoras RCA e RGE, e apresentador de rádio e TV. Atualmente, ele compõe e grava em seu estúdio caseiro, e continua procurando uma boa segunda voz, para retomar a carreira de cantor. Em 2007, ao completar 80 anos, ele fez uma apresentação em São Paulo, gravada em CD e DVD, em que estiveram presentes músicos famosos, como seus netos Sandy e Junior, Família Lima, Chitãozinho e Xororó, Mariazinha, Zé do Pinho, Sérgio Reis, entre outros.
Nesse disco da postagem de hoje, Zé do Rancho mostra sua qualidade como instrumentista intérprete, tocando os grandes hits do repertório caipira com excelentes interpretações.
Lado A
01- Moda da Pinga (Malvada pinga) (Laureano)
02- Piracicaba (Newton de A. Mello)
03- Luar do Sertão (Catulo da P. Cearense)
04- De papo pro ar (Joubert de Carvalho – Olegario Mariano)
05- Saudade de Ouro Preto (D. P.)
06- Na Serra da Mantiqueira (Ary Kerner)
Lado B
01- Moda da Mula Preta (Raul Torres)
02- Viola da Moda (Milton José – Zé do Rancho)
03- Pingo D’ Àgua (Raul Torres – João Pacífico)
04-Tristeza do Jeca (Angelino de Oliveira)
05- Vida malvada (Almirante - Lucio Azevedo)
06-Viola Enluarada (Marcos Valle – Paulo S. Valle)
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Rolando Boldrin - Rio-abaixo (23/09/2011)
Rolando Boldrin nasceu em São Joaquim da Barra, São Paulo, em 1936. Com sete anos, ele já tocava a viola. Logo cedo, formou dupla com o irmão, e fazia pequenas apresentações em sua cidade e na rádio local. Em 1953, foi para São Paulo, para tentar a carreira artística. Em 1963, iniciou a carreira profissional, gravando com Lurdinha Pereira, que seria sua esposa depois. Ele ficou muito famoso por ser pioneiro como apresentador de programas de televisão dedicados à música caipira. Apresentou o Som Brasil, na TV Globo, Empório Brasileiro, no SBT e Empório Brasil na TV Bandeirantes. Além de ser cantor e contador de causos, ele participou de 25 novelas e 12 peças de teatro. O Acervo Origens já postou outro disco de Rolando Boldrin, disponível aqui. Rio-Abaixo é o quarto LP de Boldrin, dedicado, como todos os outros, à música caipira. Ele tem várias lindas composições do grande Raul Torres. De fato, uma preocupação constante de Rolando Boldrin é divulgar a música caipira e seus grandes intérpretes e compositores, a despeito do sucesso mercadológico da música brega sertaneja. Destaque para a divertida Futebol da Bicharada (Raul Torres; faixa 6, Lado A), e para a belíssima Eu, a Viola e Deus, de autoria de Rolando Boldrin 9faixa 4, Lado A).
Lado A
1- Marica Criolina (Florêncio)
2-Campo Grande (Raul Torres)
3-Promessa de violeiro (Raul Torres-Celino Levestem)
4-Eu, a viola e Deus (Rolando Boldrin)
5-Boiada cuiabana (Raul Torres) Declamação: Rolando Boldrin e Lurdinha Pereira
6-Futebol da bicharada
(Raul Torres) Participação de João Kleber na imitação da voz de Walter Abraão
Lado B
1-Carrêro Bão (Murilo Alvarenga-Diesis Gaia)
2-Quando meu peito
(Raul Torres) Parte declamada do livro “Um caboclo brasileiro” de “Catulo da Paixão Cearense”
3-Goianinha (Mariano)
4-Heroi sem medalha (Sulino)
5-Ingratidão da Conceição (Mariano)
Assinar:
Postagens (Atom)