O Acervo Origens é uma iniciativa do violeiro, pesquisador e produtor musical Cacai Nunes e visa pesquisar, catalogar, divulgar e compartilhar conteúdos musicais na internet e em atividades culturais das mais diversas como shows, saraus, bailes de forró e programas de rádio. Ao identificar, articular e divulgar a música brasileira, sua história e elementos – entendidos como o conjunto entrelaçado de saberes, experiências e expressões de pessoas, grupos e comunidades, sobre os mais diversos temas – o ACERVO ORIGENS visa contribuir para a geração e distribuição de um valioso conhecimento, muitas vezes ignorado e disperso pelo território nacional.
Mostrando postagens com marcador Orlando Silveira e o Conjunto Serenata. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Orlando Silveira e o Conjunto Serenata. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Programa Acervo Origens - 06jul25 - Especial Orlando Silveira 100 anos

Contribua com o Acervo Origens

PIX: acervoorigens@gmail.com
Paypal: cacainunes@gmail.com
www.acervoorigens.com

-------------------------------------------

O Programa Acervo Origens desta semana presta uma homenagem pelo centenário do grande maestro, arranjador, compositor e instrumentista Orlando Silveira, comemorado em 27 de maio de 2025.
Vamos ouvir parte de sua obra lançada a partir dos anos 50 que inclui valsas, choros e baiões de sua autoria, de Zequinha de Abreu, Luiz Gonzaga, Hervê Cordovil, Garoto, e de seu grande parceiro Esmeraldino Salles.

Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes


1) Lembrança do passado (Orlando Silveira) com Orlando Silveira e Conjunto Serenata
2) Rapaziada do Bom Retiro (Getúlio Negrini - Gaudio Viotti) com Orlando Silveira e Conjunto Serenata
3) Saudades de minha terra (Décio Pacheco Silveira) com Orlando Silveira e Conjunto Serenata

4) Cabeça Inchada (Hervê Cordovil) com Orlando Silveira e seu conjunto
5) Qui nem jiló (Humberto Teixeira - Luiz Gonzaga) com Orlando Silveira e seu conjunto
6) Caruaru (Belmiro Barrela) com Orlando Silveira e seu conjunto
7) Baião (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira) com Orlando Silveira e seu conjunto

8) Rosa desfolhada (Zequinha de Abreu - Dino Castello) com Orlando Silveira e seu conjunto
9) Os pintinhos no terreiro (Zequinha de Abreu) com Orlando Silveira e seu conjunto
10) Levanta poeira (Zequinha de Abreu) com Orlando Silveira e seu conjunto

11) Perigoso (Orlando Silveira - Esmeraldinho Salles) com Orlando Silveira e seu conjunto
12) Sorriu pra mim (Garoto - Luiz Claudio) com Orlando Silveira e seu conjunto
13) Gato no samba (Orlando Silveira) com Orlando Silveira e seu conjunto
14) Equilibrando (Orlando Silveira - Esmeraldinho Salles) com Orlando Silveira e seu conjunto

15) Quanto dói uima saudade (Garoto) com Orlando Silveira e seu conjunto
16) Uma noite no Sumaré (Esmeraldino Salles) com Orlando Silveira e seu conjunto
17) Araponga (Luiz Gonzaga) com Orlando Silveira e seu conjunto

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Programa Acervo Origens - 14set19

O Programa Acervo Origens desta semana apresenta valsas no acordeom de Orlando Silveira acompanhado do Conjunto Serenata, as modas, batuques e pagodes de viola com Zé Mulato e Cassiano, sambas de Gordurinha gravados  em 1962 por Jorge Veiga e músicas do segundo LP de Milton Nascimento, Courage, lançado em 1968.



1) Último Beijo (Zequinha de Abreu - Príncipe dos Sonhos) com Orlando Silveira e Conjunto Serenata
2) Saudades de minha terra (Décio Pacheco Silveira) com Orlando Silveira e Conjunto Serenata
3) Lembrança do passado (Orlando Silveira) com Orlando Silveira e Conjunto Serenata
4) Rapaziada do Bom Retiro (Getúlio Negrini - Gaudio Viotti) com Orlando Silveira e Conjunto Serenata

5) Carapuça real (Zé Mulato - Cassiano) com Zé Mulato e Cassiano
6) Quem cria cobra (Zé Mulato) com Zé Mulato e Cassiano
7) Proparoesquisítono (Cassiano - Zé Mulato) com Zé Mulato e Cassiano
8) Ai amor (Carreirinho) com Zé Mulato e Cassiano

9) O marido da vedete (Gordurinha) com Jorge Veiga
10) Caixa alta em Paris (Gordurinha) com Jorge Veiga
11) Fofoca do society (Gordurinha) com Jorge Veiga
12) Botando banca (Gordurinha) com Jorge Veiga
13) Calouro teimoso (Gordurinha - Nelinho) com Jorge Veiga

14) Canção do sal (Milton Nascimento) com Milton Nascimento
15) Morro velho (Milton Nascimento) com Milton Nascimento
16) Vera Cruz (Milton Nascimento - Marcio Hilton Borges) com Milton Nascimento

Pesquisa, Produção e apresentação: Cacai Nunes

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Programa Acervo Origens - 02set17

--> O Programa Acervo Origens desta semana apresenta o mestre do violão brasileiro Henrique Annes, que apresenta músicas ao lado da Oficina de Cordas de Pernambuco, a malandragem nos sambas de breque de Moreira da Silva, valsas dolentes no acordeon de Orlando Silveira ao lado do Conjunto Seranata e os forrós quentes na sanfona furtada de Fabiano Santana.


1) Freio a óleo (Zé Menezes) com Henrique Annes e Oficina de cordas de Pernambuco
2) Interrogando (João Pernambuco) com Henrique Annes e Oficina de cordas de Pernambuco
3) A vida é um carnaval (Edgar de Moraes) com Henrique Annes e Oficina de cordas de Pernambuco
4) Gostosinho (Nelson Ferreira) com Henrique Annes e Oficina de cordas de Pernambuco

5) Fumando na América (Moreira da Silva - Waldemar Pujol) com Moreira da Silva
6) Homenagem a Noel (Moreira da Silva) com Moreira da Silva
7) Doze anos (Chico Buarque) com Moreira da Silva e participação de Chico Buarque
8) Acertei no milhar (Wilson Baptista - Geraldo Pereira) com Moreira da Silva
9) Morenguera contra 007 (Miguel Gustavo) com Moreira da Silva

10) Nossa Senhora do Amparo (Décio Pacheco Silveira) com Orlando Silveira e Conjunto Serenata
11) Lembrança do passado (Orlando Silveira) com Orlando Silveira e Conjunto Serenata
12) Saudades de Iguape (João Batista do Nascimento) com Orlando Silveira e Conjunto Serenata
13) Rapaziada do Bom Retiro (Getulio Negrini - Gaudio Viotti) com Orlando Silveira e Conjunto Serenata

14) Me faz incendiar (Fabiano Santana) com Fabiano Santana
15) Debaixo do coqueiro (Fabiano Santana) com Fabiano Santana
16) Bota ela pra girar (Fabiano Santana) com Fabiano Santana
17) Eita forró danado (Fabiano Santana) com Fabiano Santana


Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes

terça-feira, 21 de abril de 2009

Orlando Silveira e o Conjunto Serenata



1956 - Valsas...Lembranças...Saudades


O primeiro contato com a música foi aos nove anos, aprendendo cavaquinho. Três anos depois, por influência do pai, o músico amador Delfino Oliveira Silva, trocou o cavaquinho pelo acordeom. Mas foi somente aos 17 que teve as primeiras noções de teoria musical. Pouco depois, mudou-se para São Paulo a fim de tentar a carreira artística. Em 1983, dez anos antes de morrer, formou-se em Direito pela Universidade Gama Filho.


Recomendado pelo acordeonista Arnaldo Meireles, assinou o primeiro contrato profissional, com a Rádio Tupi, em 1º de setembro de 1944, em São Paulo, passando então a integrar o conjunto regional de Antônio Rago. Em parceria com o cavaquinista do grupo, Esmeraldino Sales, fez suas primeiras composições. No mesmo ano, fez sua primeira gravação acompanhando o cantor Arnaldo Pescuma, na valsa "Nossa Senhora do Amparo". No ano seguinte, fez a primeira gravação solo, pela Continental, com a valsa "Triste carnaval", de Américo Jacomino, o "Canhoto" e a rancheira "Jeitosa", parceria com Juraci Rago. Em 1946, gravou mais uma parceria com Juraci Rago, a polca "Debulhando milho", além da valsa "Saudades de Matão", de Raul Torres e Jorge Galatti. No ano seguinte, gravou as valsas "Proposta de amor" e "O sírio", ambas de domínio público. Em 1949, gravou a clássica valsa "Ave Maria", de Erotides de Campos. Em 1950, gravou de sua autoria o choro "Indeciso" e a valsa "Lembrança do passado".

Chegou no Rio de Janeiro, em maio de 1951, pelas mãos de Luiz Gonzaga, e participou do Regional de Canhoto (Valdiro Tramontano). A época foi fértil para o aperfeiçoamento teórico, pois estudou com Leo Peracchi, Henrique Morelenbaum e Hans Koellreuther. Foi neste período que começou a fazer arranjos. No mesmo ano, gravou na Odeon ao acordeom a toada "Ter amor é bom", de B. Fonseca e C. Gencini e o samba canção "Separação", de José Roy e Orlando Monello. Ainda no mesmo ano, gravou na Continental com o grupo vocal Vagalumes do Luar o balanceio "Balanceando", de sua parceria com Orlando Pinto e os baiões "Paraíba", "Baião de dois", de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, "Vô pro Ceará", de sua parceria com Mário Vieira e "Bananeira", de Arlindo Pinto e Mário Vieira.
Em 1952, gravou dois discos para a RCA Victor com o choro "Romântico", de sua parceria com Horondino Silva, os baiões "Baionada", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e "Baião na Síria", de Altamiro Carrilho e Ari Duarte e o choro "Passatempo", de sua autoria. No mesmo ano, ingressou na Copacabana e lançou o samba "Pé de anjo", de Sinhô, interpretado em ritmo de baião ao acordeom e o choro baião "Bodinho de galocha", de sua parceria com Horondino Silva. Em seu segundo disco na nova gravadora gravou o maxixe "Leão de chácara", parceria com Horondino Silva.

Em 1953, gravou o samba "Caso de amor", parceria com Esmeraldino Sales. Em 1954, gravou o dobrado "Ipiranga", de sua autoria e a valsa "Meus quinzes anos", de Jaime Florence e Mauro Afonso.

Em 1955, ingressou na Odeon e gravou o "Ragtime 1929", de Oscar Bellandi e Álvaro Matos e o bolero "Saudade dos teus lábios", parceria com Jaime Florence. No mesmo ano, gravou os choros "Os pintinhos no terreiro" e "Não me toques", de Zequinha de Abreu. No ano seguinte, gravou com seu conjunto as valsas "E o destino desfolhou" e "Assim acaba um grande amor", de Gastão Lamounier e Mário Rossi. No mesmo ano, gravou com sua bandinha a polca "Pé de vento", parceria com Arlindo Pinto e a rancheira "Babozeira", de Lamartine Babo. Em 1957, gravou com seu conjunto o cha cha cha "Aqueles olhos verdes", de N. Menendez e o choro "Perigoso", parceria com Esmeraldino Sales.

De 1956 a 1974, trabalhou na Odeon, escrevendo arranjos para os artistas da gravadora. No ano de 1962, ao lado de vários artistas, correu a Europa e o Oriente Médio, apresentando-se pela V Caravana Oficial da MPB, projeto criado pela Lei Humberto Teixeira.

Em 1988, foi o arranjador e maestro de mais de 50 músicas incluídas no álbum duplo "Há sempre um nome de mulher", produzido por R. C. Albin para a Campanha de Aleitamento Materno e do qual se venderam cerca de 600 mil cópias, nas agências do Banco do Brasil espalhadas em todo o país. No ano seguinte, convocado pelo mesmo produtor, participou do show de despedida de Sílvio Caldas no Teatro João Caetano, ao lado, entre outros, de Altamiro Carrilho. Mesmo aposentado, não abandonou a música. Continuou criando arranjos para discos de Luiz Gonzaga e Nélson Gonçalves, entre outros, e lecionou harmonia na Faculdade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Seu último trabalho foi em 1992, no CD duplo "Ary Barroso - 90 anos", 
fazendo a orquestração e a direção musical do disco.
* Texto retirado do site DICIONÁRIO MPB