O Acervo Origens é uma iniciativa do violeiro, pesquisador e produtor musical Cacai Nunes e visa pesquisar, catalogar, divulgar e compartilhar conteúdos musicais na internet e em atividades culturais das mais diversas como shows, saraus, bailes de forró e programas de rádio. Ao identificar, articular e divulgar a música brasileira, sua história e elementos – entendidos como o conjunto entrelaçado de saberes, experiências e expressões de pessoas, grupos e comunidades, sobre os mais diversos temas – o ACERVO ORIGENS visa contribuir para a geração e distribuição de um valioso conhecimento, muitas vezes ignorado e disperso pelo território nacional.
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Programa Acervo Origens - 02fev15

está no ar o Programa Acervo Origens com o piano de Arthur Moreira Lima interpretando Ernesto Nazareth, a tradição musical do Mato Grosso com seus cururus e ladainhas em latim, músicas tradicionais brasileiras com a Camerata Vocale, a voz inconfundível de Fagner e as músicas de Pixinguinha, Jararaca, Ratinho, Luiz Americano e João da Baiana, gravadas pelo Maestro Stokowski em 1940 a bordo do navio Uruguai.




1) Sustenta a nota (Ernesto Nazareth), com Arthur Moreira Lima
2) Quebradinha (Ernesto Nazareth), com Arthur Moreira Lima
3) Pinguim (Ernesto Nazareth), com Arthur Moreira Lima
4) Perigoso (Ernesto Nazareth), com Arthur Moreira Lima

5) Toada de Cururu (Sebastião Vieira de Almeida), com Sebastião Vieira de Almeida
6) Ladainha em latim (trecho) (Tradicional), com Lucindo Farias de França (capelão), Bonifácio Atanásio de Oliveira (ajudante) e coro feminino
7) Siriris: Nhandaia / Garça (Tradicional), com Francisco Salles e grupo

8) Peixe vivo (Tradicional), com Camerata Vocale
9) Santantonho (Tradicional), com Camerata Vocale
10) Luar do Sertão (Catullo da Paixão Cearense - João Pernambuco), com Camerata Vocale

11) Último Pau de arara (Venâncio - Corumba - J. Guimarães), com Fagner

12) Bambo do Bambu (Donga), com Jararaca e Ratinho
13) Tocando pra você (Luis Americano), com Luis Americano
14) Caboclo do Mato (Getúlio Marinho), com João da Baiana
15) Zé Barbino (Pixinguinha - Jararaca), com Pixinguinha e Jararaca

Programa Acervo Origens todo sábado às 19h na Nacional Brasília FM 96,1mhz e no www.acervoorigens.com

Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes
Redação: Gabriela Tunes
Digitalização dos acervos: Renato Menguele

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Programa Acervo Origens - 08fev14

está no ar o Programa Acervo Origens com o piano de Arthur Moreira Lima interpretando Ernesto Nazareth, a tradição musical do Mato Grosso com seus cururus e ladainhas em latim, músicas tradicionais brasileiras com a Camerata Vocale, a voz inconfundível de Fagner e as músicas de Pixinguinha, Jararaca, Ratinho, Luiz Americano e João da Baiana, gravadas pelo Maestro Stokowski em 1940 a bordo do navio Uruguai.




1) Sustenta a nota (Ernesto Nazareth), com Arthur Moreira Lima
2) Quebradinha (Ernesto Nazareth), com Arthur Moreira Lima
3) Pinguim (Ernesto Nazareth), com Arthur Moreira Lima
4) Perigoso (Ernesto Nazareth), com Arthur Moreira Lima

5) Toada de Cururu (Sebastião Vieira de Almeida), com Sebastião Vieira de Almeida
6) Ladainha em latim (trecho) (Tradicional), com Lucindo Farias de França (capelão), Bonifácio Atanásio de Oliveira (ajudante) e coro feminino
7) Siriris: Nhandaia / Garça (Tradicional), com Francisco Salles e grupo

8) Peixe vivo (Tradicional), com Camerata Vocale
9) Santantonho (Tradicional), com Camerata Vocale
10) Luar do Sertão (Catullo da Paixão Cearense - João Pernambuco), com Camerata Vocale

11) Último Pau de arara (Venâncio - Corumba - J. Guimarães), com Fagner

12) Bambo do Bambu (Donga), com Jararaca e Ratinho
13) Tocando pra você (Luis Americano), com Luis Americano
14) Caboclo do Mato (Getúlio Marinho), com João da Baiana
15) Zé Barbino (Pixinguinha - Jararaca), com Pixinguinha e Jararaca

Programa Acervo Origens todo sábado às 19h na Nacional Brasília FM 96,1mhz e no www.acervoorigens.com

Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes
Redação: Gabriela Tunes
Digitalização dos acervos: Renato Menguele

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Canoeiro - Os grandes sucessos de Zé Carreiro e Carreirinho (12/08/2011)

Zé Carreiro, cujo nome é Lúcio Rodrigues de Souza, nasceu em 1922, em uma fazenda no município de Santa Rita do Passa Quatro. Adolescente, mudou-se para São Paulo, onde começou a cantar modas de viola. No final dos anos 40, conheceu Adauto Ezequiel, o Carreirinho. Sobre ele, há um episódio curioso: Adauto tinha ascendência alemã, e seu sobrenome seria Humziker. O escrivão achou o nome muito complicado, e acabou registrando o menino como Adauto Ezequiel. Em 1950, a dupla gravou, na Continental, o primeiro 78 rpm, com as músicas Canoeiro (cururu) e Ferreirinha (moda de viola). Permaneceram juntos até 1958, mas ambos fizeram carreira cantando em outras duplas. A dupla Zé Carreiro e Carreirinho é considerada uma das mais importantes da música caipira. Zé Carreiro faleceu em 1970 na cidade de São Paulo. Ele gravou mais de 50 discos de 78 rpm, dois compactos e alguns LPs. Carreirinho tem cerca de 1680 músicas de sua autoria gravadas. Ele é, juntamente com Raul Torres, Serrinha, Tinoco e Zé da Estrada, considerado uma das melhores vozes da música caipira. Carreirinho faleceu, aos 87 anos, em março de 2009. Esse disco, lançado em 1978, é uma coletânea de sucessos anteriores. Destaco a faixa 1 do Lado A (Canoeiro), e a faixa 1 do Lado B (Ferreirinha), por serem as primeiras músicas da dupla a serem gravadas.


Lado A

1-Canoeiro – Cururu (Zé Carreiro-Alocin)
2-A  morte do Carreiro – Moda de viola (Zé Carreiro -Carreirinho)
3-Boi Soberano – Moda de viola (Carreirinho-Izaltino Gonçalves de Paula- Pedro Lopes de Oliveira)
4-Pirangueiro – Cururu (Zé Carreiro)
5-Preto fugido – Moda de viola (Zé Carreiro)
6-Cruel destino – Moda de viola (Carreirinho)
7-Bombardeio-Moda de viola (Zé Carreiro-Geraldo Costa)

Lado B

1-Ferreirinha – Moda de viola (Carreirinho)
2-Saudades de Araraquara – Cururu (Zé Carreiro)
3-Duas cartas – Cateretê (Zé Carreiro-Carreirinho)
4-Flor proibida – Cateretê (Zé Carreiro-Carreirinho)
5-Sucurí - Cururu (Zé Carreiro-Ado Benatti)
6-Último adeus - Valseado (José Fortuna-Fernandes)
7-As três cuiabanas-Moda de viola (Zé Carreiro-Carreirinho)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Cururu e outros cantos das festas religiosas - MT (20.20.2010)

 O Cururu e o Siriri são manifestações culturais ligadas às festividades dos dias santos, que acontecem no Mato Grosso. As rodas de Cururu e Siriri mais importantes ocorrem no ciclo joanino – São Pedro, Santo Antônio e São João -, mas, em outras ocasiões, tais como casamentos, aniversários, outros dias santos, é possível ver o Caruru e o Siriri. A Roda de Caruru é composta por um grupo de homens que dançam em círculos e tocam violas-de-cocho e ganzás, cantando louvações ao santo homenageado, cuja imagem está em um altar. Devotos de um determinado santo organizam-se em irmandades, que promovem anualmente a festa, e convidam um grupo de cururueiros para cantar e dançar.
O Siriri é dançado ao som da viola-de-cocho, do ganzá e do mocho (uma espécie de banco, cujo assento de couro é percutido com baquetas de madeira). O Siriri é dançado principalmente por mulheres, e acontece, em geral, nas mesmas festividades do Cururu. Além de diferenças na dança, na instrumentação e na composição das rodas, o Siriri difere do Cururu nitidamente desde o ponto de vista do ritmo. O Cururu é tocado em compasso binário simples (2/4), e o Siriri em compasso binário composto (6/8). A viola-de-cocho está presente em ambos. O nome desse instrumento tem relação com o cocho, espécie de gamela utilizada para alimentar animais; a técnica usada para escavar o cocho dos animais é a mesma para a viola. A viola-de-cocho pertence à família dos alaúdes curtos, podendo ser considerada um tipo de alaúde brasileiro. Ela é confeccionada seguindo um ciclo lunar específico, para não ser atacada por cupins, e as madeiras mais usadas são sara de leite, ximbuva, cedro, jacote, urucurana, cajueiro, mandiocão e mangueira. Ela pode ter dois ou três trastes, sendo que, no primeiro caso, os intervalos entre eles são de tom e semitom; no segundo caso, os intervalos entre os trastes são de semitons. A viola-de-cocho é produzida unicamente por processos artesanais, em geral por pessoas ligadas ao Cururu e Siriri, e da região de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Por serem manifestações culturais extremamente localizadas, as tradições do Cururu e do Siriri necessitam de apoio para sua manutenção. Nesse sentido, com muita justiça, o Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) tombou o complexo cultural do Cururu e Siriri como patrimônio imaterial. Esse disco, produzido pelo Instituto Nacional do Folclore, em 1988, tem gravações de Cururu e Siriri, recolhidas em campo por Elizabeth Travassos, renomada pesquisadora das tradições musicais brasileiras, juntamente com Roberto Correa, violeiro e pesquisador da viola caipira. Nele há cantigas entoadas nas rodas de Cururu e Siriri, cantadas e tocadas pelos cururueiros. Destaco a faixa 10, um rasqueado instrumental, e tem uma bela melodia tocada pela viola de coxo.



 CURURU e outros cantos das festas religiosas – MT

Lado A

01 – Canto da entrada da bandeira de folião
02 – Toadas de cururu
03 – Toada de cururu e baixão
04 – Toada de cururu

Lado B

01- Ladainha (trecho)
02 – Toada de cururu
03 – Toada de cururu e baixão
04 – Toadas de cururu
05 – Siriri: Toque da viola de cocho e “Eu vou na casa dela”
06 – Siriri: “Nhadaia” e “Garça Branca”
07 - Rasqueado