O Acervo Origens é uma iniciativa do violeiro, pesquisador e produtor musical Cacai Nunes e visa pesquisar, catalogar, divulgar e compartilhar conteúdos musicais na internet e em atividades culturais das mais diversas como shows, saraus, bailes de forró e programas de rádio. Ao identificar, articular e divulgar a música brasileira, sua história e elementos – entendidos como o conjunto entrelaçado de saberes, experiências e expressões de pessoas, grupos e comunidades, sobre os mais diversos temas – o ACERVO ORIGENS visa contribuir para a geração e distribuição de um valioso conhecimento, muitas vezes ignorado e disperso pelo território nacional.
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segunda-feira, 12 de julho de 2021

Programa Acervo Origens - 10jul21

O Programa Acervo Origens desta semana apresenta Déo Rian acompanhado do Quinteto Villa-Lobos, as lindas vozes dos irmãos Miguel e Ana Servan que formavam o Duo Glacial, frevos com Severino Araújo e Orquestra Tabajara, sambas de Cartola e Carlos Cachaça nas vozes do próprio Cartola, de Odete Amaral e Clementina de Jesus e uma singela homenagem pelos 85 anos de Hermeto Pascoal.


1) Choro da saudade (Augustin Barrios) com Déo Rian & Quinteto Villa-Lobos
2) Bachorando (Dalton Vogeler) com Déo Rian & Quinteto Villa-Lobos
3) Choro negro (Paulinho da Viola - Fernando Costa) com Déo Rian & Quinteto Villa-Lobos

4) Malagueña (Elpidio Ramirez - Pedro Galindo - Vs J. Garcia) com Duo Glacial
5) As coisas boas que eu tenho (Altamiro Carrilho - Irany de Oliveira) com Duo Glacial
6) Me leva (Hervê Cordovil - Rochinha) com Duo Glacial

7) Carabina (Luiz Bandeira) com Severino Araújo e Orquestra Tabajara
8) Recife capital do frevo (Geraldo Medeiros) com Severino Araújo e Orquestra Tabajara
9) Homenagem a Recife (Geraldo Medeiros - F. Correia da Silva) com Severino Araújo e Orquestra Tabajara e Paulo Tito

10)Tempos idos (Carlos Cachaça - Cartola) com Odete Amaral
Ao amanhecer (Cartola) com Cartola
Alvorada do morro (Carlos Cachaça - Cartola - Herminio Bello de Carvalho) com Odete Amaral
Quem me vê sorrindo (Carlos Cachaça - Cartola) com Odete Amaral
Alegria (Cartola) com Clementina de Jesus e Zezinho

11) Múisca das nuvens e do chão (Hermeto Pascoal) com Hermeto Pascoal e grupo
12) Eita mundo bom (Hermeto Pascoal) com Hermeto Pascoal e grupo
13) Arrasta-pé alagoano (Hermeto Pascoal) com Hermeto Pascoal e grupo

Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Programa Acervo Origens - 02jun18

--> O Programa Acervo Origens desta semana chega com um repertório totalmente instrumental e alguns dos maiores instrumentistas brasileiros em interpretações incríveis. Vamos ouvir Altamiro Carrilho, Pixinguinha, Dominguinhos, Hermeto Pascoal e Severino Araújo com sua Orquestra Tabajara dando as boas vindas ao mês de junho.


1) Canarinho (Raul Silva) com Altamiro Carrilho
2) Fugindo da escola (Joaquim Sobreira) com Altamiro Carrilho
3) Gaúcho (Corta-Jaca) (Chiquinha Gonzaga) com Altamiro Carrilho
4) Maracatucá (Geraldo Medeiros - Jorge Tavares) com Altamiro Carrilho

5) Pula a fogueira (Getúlio Marinho - João Bastos Filho) com Pixinguinha e sua banda
6) O delegado quer prender o Antônio (Haroldo Lobo - Milton de Oliveira) com Pixinguinha e sua banda
7) Chegou a hora da fogueira (Lamartine Babo) com Pixinguinha e sua banda

8) Enigmático (Altamiro Carrilho) com Dominguinhos
9) Perigoso (Orlando Silveira - Esmeraldino Salles) com Dominguinhos 
10) Homenagem à Velha Guarda (Sivuca) com Dominguinhos 
11) Chorinho pro Miudinho (Dominguinhos) com Dominguinhos 

12) A festa na lua (Hermeto Pascoal) com Hermeto Pascoal
13) Arrasta Pé Alagoano (Hermeto Pascoal) com Hermeto Pascoal
14) Música das nuvens e do chão (Hermeto Pascoal) com Hermeto Pascoal

15) Macumbô (José Leocádio - Odorico Lima) com Severino Araújo e sua Orquestra Tabajara
16) Diabo solto (Levino Ferreira) com Severino Araújo e sua Orquestra Tabajara
17) Maracatu sururu (Jorge Ayres) com Severino Araújo e sua Orquestra Tabajara
18) Coco Ta ra ta ta (Geraldo Medeiros) com Severino Araújo e sua Orquestra Tabajara

Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Hermeto Pascoal - Cérebro Magnético (16.11.2010)

A postagem de hoje é um disco do mago do som, do homem que consegue ouvir música em tudo. Hermeto Pascoal nasceu em 22 de junho de 1936, em Olho d´Água, e foi criado em Lagoa da Canoa, na época município de Arapiraca, estado de Alagoas.  Com 8 anos, pegou a sanfona de 8 baixos do pai para brincar, e nunca mais parou. Na década de 1950, mudou-se para Recife, e, já dominando a sanfona, tocou em rádios e programas de calouros por lá. Em 1958, foi  para o Rio de Janeiro, e passou a integrar o Regional de Pernambuco do Pandeiro (na Rádio Mauá) tocando sanfona. Depois, começou a tocar piano no conjunto e na boate do violinista Fafá Lemos e no conjunto do Maestro Copinha (flautista e saxofonista). Em 1961, para conseguir melhores oportunidades de trabalho, transferiu-se para São Paulo. Lá formou, com Papudinho no trompete, Edilson na bateria e Azeitona no baixo, o grupo Som Quatro. Foi nessa época que começou a tocar flauta. Com esse grupo gravou um LP. Em seguida, integrou o SAMBRASA TRIO, com Cleiber no baixo e Airto Moreira na bateria. No disco do Sambrasa Trio, Hermeto já registrou sua música "Coalhada". Em 1966, Hermeto no piano e flauta, Heraldo do Monte na viola e guitarra, Théo de Barros no baixo e violão e Airto Moreira na bateria e percussão formaram o Quarteto Novo, cujas inovações musicais, somadas à altíssima qualidade, rica criatividade e ousadia, fizeram o grupo ganhar diversos festivais de música. Foi com esse grupo que Hermeto registrou algumas de suas composições mais conhecidas, como O Ovo e Canto Geral.  Desde então, Hermeto teve atuação brilhante no cenário musical nacional e internacional, formando vários grupos, e gravando muito.
Mas a marca de Hermeto não está na sua carreira vitoriosa, mas sim no som que ele cria. É preciso ouvir Hermeto para que se tenha idéia do que seja sua música. Não dá para explicar. Seu estilo é único, não pertence a nenhum gênero musical específico, embora muitos possam ser reconhecidos em suas composições (como choro, forró, jazz, erudito). Hermeto também é adepto das experimentações sonoras, com uso de objetos que fazem os mais diversos tipos de som. O melhor de Hermeto é que ele, com a simplicidade de quem saiu do interior não teve acesso ao estudo escolarizado nem de música e nem de nada, dá baile em muito acadêmico por aí. Estão cheios de teorias para tentar entender e explicar como um homem pode dominar tanto a música e a ordem dos sons. Para ele, é tudo simples. Aqui tem uma dissertação de mestrado, de Luiz Costa L. Neto, que ficou anos acompanhando o Hermeto, que mostra como a simplicidade de Hermeto é complexa para nós, os reles mortais. No final da dissertação, tem a seguinte fala de Hermeto (veja como é simples):
Foi por volta dos 45 anos de idade, que eu descobri que a teoria, não a música, tem doze notas. (...) Mas como é que eu descobri isso? Eu tenho uma bandola que é um instrumento com seis cordas duplas, não é uma corda grave e outra aguda, tipo a viola que tem uma corda grossa e outra fina. (...) Eu afinei aquelas doze cordas cada uma numa nota, e aí cadê mais nota? Deu a oitava de novo. Eu fiquei preso. Aí eu me decepcionei e por um momento me deu um branco na cabeça. Meu Deus, quer dizer que tudo que eu faço é com essas doze notas? Eu me esqueci de pensar que nas cores você tem o azul claro, o azul escuro, você tem a areia branca, a areia vermelha e nessa hora não me veio que na música eu tenho as oitavas, tenho as quartas, as quintas, para me tranquilizar. Mas de qualquer forma são doze notas, a não ser botando as comas e aí é que eu te falo, as doze é porquê é convencional, se não não seria doze só. (...) Mas ficou chato naquela noite porque eu queria fazer uma composição e na minha cabeça tinha notas que não tinha na [notação] convencional. (...) Foi uma peste eu saber disso e eu não quis mais. O que eu faço não depende dessas doze notas só. Depende da minha imaginação. (...) Tem coisas que não dá para botar num instrumento convencional. Porque que tem a percussão, os sons dos bichos? É por isso. Na música erudita eles separam as coisas, como se fosse um preconceito, mas na minha música não, eles tem lugar, o percussionista também é um solista.

Esse disco, Cérebro Magnético, foi gravado em 1980. Além de Hermeto, tocam:  Jovino José Dos Santos Neto, Itiberé Luiz Zwarg e Alfredo Dias Gomes. Como todos os discos de Hermeto, tem de tudo: tem sons doces, singelos, ásperos, duros, inesperados, bonitos, estranhos. Enfim, uma viagem no universo infinito do som.

Lado 1

1-      Voz e vento (Hermeto Pascoal)
2-     Música das nuvens e do chão (Hermeto Pascoal)
3-     Dança da selva na cidade grande (Hermeto Pascoal)
4-     Amor, paz e esperança (Hermeto Pascoal)
5-     Diálogo (Hermeto Pascoal)

Lado 2

1-      Correu tanto que sumiu (Hermeto Pascoal)
2-     Festa na lua (Hermeto Pascoal)
3-     Eita mundo bom! (Hermeto Pascoal)
4-     Religiosidade (Hermeto Pascoal)
5-     Arrasta pé alagoano (Hermeto Pascoal)
6-     Vou esperar (Hermeto Pascoal)
7-     -   Auriana  (Hermeto Pascoal)
8-     Banda encarnação (Hermeto Pascoal)

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Cine Acervo Origens - Hermeto Paschoal


Olá gente !

Estamos aqui para lançar uma nova idéia.
É o Cine Acervo Origens.
Ao invés de capturar os vídeos direto pro computador, estamos exibindo-os a partir da tela da TV.
Ou seja, eu aperto o Play no VHS e vcs assistem daí de onde estiverem.

Começaremos esta idéia com o Gênio Hermeto Pascoal em várias imagens.
Depoimento de Sivuca, Chorinho pra ele com os dois albinos, Homenagem a Jackson do Pandeiro e mais.

Aguardem que em breve teremos mais vídeos.

Bom proveito !