O Acervo Origens é uma iniciativa do violeiro, pesquisador e produtor musical Cacai Nunes e visa pesquisar, catalogar, divulgar e compartilhar conteúdos musicais na internet e em atividades culturais das mais diversas como shows, saraus, bailes de forró e programas de rádio. Ao identificar, articular e divulgar a música brasileira, sua história e elementos – entendidos como o conjunto entrelaçado de saberes, experiências e expressões de pessoas, grupos e comunidades, sobre os mais diversos temas – o ACERVO ORIGENS visa contribuir para a geração e distribuição de um valioso conhecimento, muitas vezes ignorado e disperso pelo território nacional.
Mostrando postagens com marcador Choro Livre. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Choro Livre. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Programa Acervo Origens - 20abr13 - Especial Chorões de Brasília

Está no ar o Programa Acervo Origens Especial Chorões de Brasília, em homenagem aos 53 anos de Brasília, comemorado no dia 21.04 e ao Dia Nacional do Choro, comemorado no dia 23 de abril.

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR

1) Imagem (Alencar 7 Cordas), com Dois de Ouro 
2) Quando fala o coração (Avena de Castro), com Nivaldo (flauta), Alencar (7 cordas), Américo (6 cordas), César (6 cordas), Chico de Assis (Cavaquinho), Jorginho (pandeiro)
3) Brejeiro (Ernesto Nazareth), com Roberto Corrêa e Alencar 7 Cordas
4) Imitação (Alencar 7 Cordas), com Regional Bem Brasil
5) Sorriso de Cristal (Luiz Americano), com Choro Livre
6) Harmonia Selvagem (Dante Santoro), com Choro pra cinco
7) Vivaldino (Altamiro Carrilho), com Sérgio Morais e Choro Livre
8) Mariazinha sentada na pedra (Ernesto Nazareth), com Choro & Companhia
9) Proeminente (Ernesto Nazareth), com 
Choro & Companhia
10) Matuto (Ernesto Nazareth), com 
Choro & Companhia
11) Caboco Zangado (Luperce Miranda), com Grupo Aquattro
12) Gaúcho (Corta-Jaca) (Chiquinha Gonzaga), com Cacai Nunes
13) Rebuliço (Hermeto Pascoal), com Gabriel Grossi
14) Baião Brasil (Daniel Santiago), com Hamilton de Holanda
Programa Acervo Origens, todo sábado às 19h na Nacional Brasília FM 96,1mhz ou no www.acervoorigens.com
Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes
Redação: Gabriela Tunes
Digitalização do Acervo: Renato Menguele

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Programa Acervo Origens - Especial Altamiro Carrilho - 25ago12

Eis aqui a nossa homenagem a Altamiro Carrilho

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR 


1) Serata D'amore (Patápio Silva), com Altamiro Carrilho
2) Sonho (Patápio Silva), com Altamiro Carrilho
3) Direitinho (Altamiro Carrilho), com Altamiro Carrilho (flauta), Britinho (piano) e Regional
4) Urubu Rei (Altamiro Carrilho), com Altamiro Carrilho
5) Quem é bom já nasce feito (Altamiro Carrilho - Ari Duarte), com Altamiro Carrilho
6) Polca Brasileira (Altamiro Carrilho - Ari Duarte), com Altamiro Carrilho
7) Enigmático (Altamiro Carrilho), com Choro Livre
8) Deixa o Breque pra mim (Altamiro Carrilho), com Sivuca
9) Gracioso (Altamiro Carrilho), com Dominguinhos
10) Tico Tico no Fubá (Zequinha de Abreu), com Altamiro, José Américo (tuba), Tico Tico (cavaco), Duduca (Bateria)
11) Sonoroso (K-Ximbinho - Del Loro), com Altamiro Carrilho e Regional do Canhoto
12) Carinhoso (Pixinguinha - João de Barro), com Altamiro Carrilho e Cláudia
13) Modulando (Rubens Leal Brito), com Altamiro Carrilho e Regional do Canhoto
14) Hora Staccato (Grigoras Dinicu), com Altamiro Carrilho / acomp: Orq. Copacabana e arranjo de Sivuca
15) Harmonia Selvagem (Dante Santoro), com Altamiro Carrilho e Regional do Canhoto
16) Espinha de Bacalhau (Severino Araújo), com Altamiro Carrilho e Regional do Canhoto
Programa Acervo Origens, todo sábado às 19h na Nacional Brasília FM 96,1mhz ou no www.acervoorigens.com.
Produção e apresentação: Cacai Nunes
Redação: Gabriela Tunes
Digitalização do Acervo: Renato Menguele

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Choro Livre - 1989 (19.10.2010)

Se o Choro nasceu no Rio de Janeiro, ele veio morar em Brasília. O gênero instrumental brasileiro aportou na capital ainda na época da construção da cidade. Com a vinda de funcionários públicos do Rio de Janeiro para a nova capital, vieram também músicos ligados ao Choro. São eles os pioneiros do Choro no planalto central. Alguns deles eram militares e funcionários públicos, e outros vieram pelos mais diversos motivos.  A tirar pelos primeiros chorões do planalto central, o Choro aporta aqui muito bem representado. Embora não tenha havido nenhum esforço oficial (apesar de JK ser apreciador de serestas, e fizesse questão da presença de bons músicos nas festas que promovia) para implantar uma tradição musical, a vinda de funcionários públicos trouxe importantes pedaços do Choro carioca para Brasília. Como ímãs que se atraem, esses músicos, com distintas origens, formações e histórias de vida, começaram a realizar encontros musicais. O Choro em Brasília surge, então, como uma colcha de retalhos; não com um Regional consolidado, como os que já existiam no Rio de Janeiro, mas a partir da reunião dos músicos disponíveis. Só que eram retalhos dos mais finos tecidos, que deram origem a uma colcha bela e resistente. Nos primeiros anos da década de 1970, os chorões se encontravam para tocar em locais como o Brasília Palace, Hotel Aracoara, a própria Rádio Nacional. Os encontros dos nossos pioneiros aconteciam, também, na casa do jornalista Raimundo Brito, na 105 Sul. Eram freqüentados por Waldir Azevedo, Avena de Castro, Pernambuco do Pandeiro, Ely do Cavaco, Celso Cruz, Odette Ernest Dias, Bide da Flauta e Cicinato. Em 1974, com a morte de Raimundo Brito, as reuniões passaram a ser realizadas no apartamento de Odette, na 311 Sul. Nesse mesmo ano, chegaram a Brasília rumores de que um Clube do Choro seria fundado no Rio de Janeiro; o valente grupo iniciou, então, a movimentar-se no sentido de fazer o mesmo no cerrado. Em 1975, de fato, foi inaugurado o Clube do Choro do Rio de Janeiro. Nesse ano, as reuniões de chorões permaneciam na casa de Odette. A partir de então, mesmo sem sede, sem estatuto e sem existência oficial, o grupo de chorões de Brasília já recebia o nome de Clube do Choro. Mas o grupo cresceu, e jovens músicos aderiram ao choro e passaram a fazer parte do Clube. Então, o apartamento de Odette ficou pequeno. Eis que, depois de muita luta, em 1977, Elmo Serejo destinou ao Clube o local de sua sede até os dias de hoje: entre a Torre de TV e o Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O espaço físico foi inaugurado juntamente com a edição de seu Estatuto, em 1977. A edificação havia sido construída para servir de vestiário do Centro de Convenções, mas nunca teve essa utilização. As instalações eram precárias, mas, a partir de esforços e doações de seus membros, os encontros dos chorões passaram a ser realizados ali. Pernambuco do Pandeiro chegou a vender uma coleção de passarinhos para comprar geladeira e fogão para o Clube. A fundação do Clube do Choro foi crucial para o crescimento do gênero em Brasília. Apesar de sua história ser cheia de percalços, de altos e baixos (muito baixos, como, por exemplo, o fechamento do Clube por 10 anos nas décadas de 80 e 90), essa instituição conseguiu manter o Choro vivo e a comunidade de chorões agregada.
O grupo Choro Livre é umbilicalmente ligado ao Clube do Choro. Fundado por Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro desde 1993, o Choro Livre já teve diversas formações, sempre incluindo os melhores instrumentistas da cidade. Nesse disco, o Choro Livre é Reco no Bandolim; Alencar no 7 Cordas (Alencar é um grande mestre do violão de 7 cordas, tendo sido responsável pela formação de muitos chorões em Brasília); Fernando César no violão de 6 cordas (nesse disco, ele ainda tocava seis cordas; isso foi antes dele formar, com o irmão Hamilton de Holanda, o grupo Dois de Ouro); José Américo, também no violão de 6 cordas (ele é pai de Fernando César e Hamilton de Holanda); Pinheirinho no pandeiro e um sujeito que virou lenda, o cavaquinista Assis, cujo apelido era The Six porque tinha seis dedos nas mãos. Destaque para a primeira música do Lado B, Suíte Retratos, de Radamés Gnatalli, lindamente interpretada por Reco do Bandolim. Atualmente com outra formação, o Grupo Choro Livre é responsável por acompanhar músicos do Brasil inteiro que vêm se apresentar no Clube do Choro. Então, para vocês, o registro da nata do Choro brasiliense.

Choro Livre - 1989

Lado A

1 – Novato (Esmeraldino Salles / Osvaldo Colagrande)
2 - Sorriso de Cristal (Luiz Americano)
3-  O’Ki Kirias (Avena de Castro)
4- Enigmático (Altamiro Carrilho)
5-  Estamos aí (Maurício Einhorn / Durval Ferreira / Regina Werneck)

Lado B

1-     Retratos 1º Movimento (Radamés Gnattali)
2-     Dedilhado (Orlando Silveira / Esmeraldino Salles)
3-     Sonho de um bandolim (Juventino Maciel)
4-     Ela e eu (Osvaldo Colagrande)
5-     Lembrando Jacob (Armandinho Macedo/ Luiz Brasil)