O Acervo Origens é uma iniciativa do violeiro, pesquisador e produtor musical Cacai Nunes e visa pesquisar, catalogar, divulgar e compartilhar conteúdos musicais na internet e em atividades culturais das mais diversas como shows, saraus, bailes de forró e programas de rádio. Ao identificar, articular e divulgar a música brasileira, sua história e elementos – entendidos como o conjunto entrelaçado de saberes, experiências e expressões de pessoas, grupos e comunidades, sobre os mais diversos temas – o ACERVO ORIGENS visa contribuir para a geração e distribuição de um valioso conhecimento, muitas vezes ignorado e disperso pelo território nacional.
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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Programa Acervo Origens - 29jan22

O Programa Acervo Origens desta semana apresenta a cítara de Avena de Castro em músicas lançadas em 1958 no álbum Suave e Dançante, João do Pife e seu conjunto, os carimbós quentes do Mestre Pinduca, os sucessos de Lamartine Babo em interpretações do conjunto vocal Os Rouxinóis e o Quinteto Violado cantando Gilberto Gil, Gilvan Chaves e Luiz Gonzaga.


1) Sorriu pra mim (Garoto - Luiz Claudio) com Avena de Castro
2) Ruega por nosostros (Ruben Fuentes - Alberto Cervantes) com Avena de Castro
3) Por você (Avena de Castro) com Avena de Castro
4) Nova Ilusão (Luís Bittencourt - José Menezes) com Avena de Castro

5) Deusa do amor (Juca Santos - Neilor de Oliveira) com João do Pife e seu conjunto
6) Myrian (Alexandre Cirus) com João do Pife e seu conjunto
7) Flor da melodia (João do Pife) com João do Pife e seu conjunto
8) Congá do Bonfim (Julio Antonio da Silva) com João do Pife e seu conjunto

9) Passarinho (Pinduca - João Antonio de Oliveira) com Pinduca
10) Coisa boa do Pará (Pinduca - Carlos Santiago Mamede) com Pinduca
11) Minha Maria (Pinduca) com Pinduca

12) A tua vida é um segredo / Lua cor de prata (Lamartine Babo) com Os Rouxinóis
13) Seja lá o que Deus quiser (Lamartine Babo) com Os Rouxinóis
14) Serra da boa esperança (Lamartine Babo)
No rancho fundo (Ary Barroso - Lamartine Babo)" com Os Rouxinóis

15) Procissão (Gilberto Gil) com Quinteto Violado
16) O Gemedor (Gilvan Chaves) com Quinteto Violado
17) Dona Aninha (Toinho Alves - Roberto Santana) com Quinteto Violado
18) Assum preto (Humberto Teixeira - Luiz Gonzaga) com Quinteto Violado

Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Programa Acervo Origens - 04nov17

--> O Programa Acervo Origens desta semana traz o fantástico Conjunto Época de Ouro interpretando Ernesto Nazareth, Paulinho da Viola e Avena de Castro, o balanço inconfundível do carimbó de Pinduca, músicas de Marcello Tupynambá no saxofone de Orlando Pinto em gravação de 1961 e a dupla Jararaca e Ratinho cantando emboladas e tocando choros.


1) Tupinambá (Ernesto Nazareth) com Conjunto Época de Ouro
2) Inesquecível (Paulinho da Viola) com Conjunto Época de Ouro
3) Evocação a Jacob (Avena de Castro) com Conjunto Época de Ouro
4) Lembranças de Recife (Rossini Ferreira) com Conjunto Época de Ouro
5) Minha Maria (Pinduca) com Pinduca
6) Passarinho (Pinduca) com Pinduca
7) Coisa boa do Pará (Pinduca - Carlos Mamede) com Pinduca
8) Pra lá e pra cá (Pinduca - Eliana Pittman) com Pinduca
9) Pierrot (Marcello Tupynambá) com Orlando Pinto e conjunto + arr. Guerra Peixe
10) Que sôdade (Marcello Tupynambá) com Orlando Pinto e conjunto + arr. Guerra Peixe
11) Bambuhy (Marcello Tupynambá) com Orlando Pinto e conjunto + arr. Guerra Peixe
12) Xodó (Marcello Tupynambá) com Orlando Pinto e conjunto + arr. Guerra Peixe
13) Colegas da Lira de Xopotó (Ratinho) com Ratinho
14) Sapo no saco (Jararaca) com Jararaca
15) Saxofone Por que choras ? (Ratinho) com Ratinho
16) Espingarda...Pá (Jararaca) com Jararaca

Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pinduca No embalo do carimbó e sirimbó (03/08/2011)

O Dicionário do Folclore Brasileiro, de Luiz da Camara Cascudo, define o Carimbó como dança negra, brasileira, de roda, em Marajó, arredores de Belém, no Pará (...). A dança do carimbó ocorre na área pastoril de Soure (Marajó), nas zonas de lavradores do Salgado (Curuçá, Marapanim, Maracanã), tanto na terra firme, como nas praias. A palavra Carimbó é de origem tupi: curi que significa pau oco, e mbó que significa furado. Com o passar do tempo, o termo foi sofrendo variações: curimbó, corembó, corimbo, curimã.. O Carimbó é um gênero musical que, como muitos outros, surgiu juntamente com uma dança. Ele era, originalmente, um ritmo indígena dos índios tupinambás, que habitavam o norte do Brasil, e tinha mesmo aquela monotonia típica das danças indígenas. Os negros, que foram em grande quantidade para o norte, no ciclo da borracha, então, começaram a introduzir alterações no ritmo, para que pudesse ser dançado com mais ginga, e inseriram coisas dos batuques africanos, tanto na música quanto na dança. Os portugueses, por sua vez, inseriram elementos das musicas e danças europeias como, por exemplo, os dedos castanholando e marcando o ritmo. Então, o carimbó é um gênero brasileiríssimo, porque surgiu a partir da mistura de elementos indígenas, africanos e europeus, os três tendo igual influência e importância.
A alma do Carimbó, como o próprio nome já diz, são os tambores. Eles são feitos de troncos de árvores escavados, com uma abertura lateral em toda a extensão para emissão do som, e fechados numa das extremidades por pele de animal silvestre. Os outros instrumentos que tocam o Carimbó são reco-reco, violá, ganzá, banjo, maracás e flauta.  O Carimbó tem uma vestimenta típica. Os homens com blusas lisas ou estampadas sobre calças lisas; lenço no pescoço, chapéu de arumã. As mulheres usam blusas que deixam ombros e barriga à mostra, muitos colares e pulseiras feitos de sementes da região, e saias rodadas ou franzidas coloridas ou estampadas. Elas usam flores ou arranjos na cabeça, e vários enfeites. Homens e mulheres dançam descalços.
O Carimbó saiu do contexto rural amazônico, urbanizou-se e é hoje uma expressão da cultura nortista da maior relevância. Pinduca, conhecido como o Rei do Carimbó, é um de seus representantes mais célebres. Esse disco, gravado em 1976, é de enorme importância em sua carreira, porque se transformou em uma das principais referências do gênero Carimbó. Mais interessante é constatar que a origem da lambada, ritmo brasileiro de grande sucesso nas décadas de 1980 e 1990, é associada a esse disco, que tem uma música denominada Lambada. Essa é considerada a primeira gravação de uma lambada.


Lado A

1-Lári lári ê – Lári Lári (Pinduca – Maria Isabel Pureza).
2-Minha Maria – Sirimbó (Pinduca)
3-Carimbo do Pará – Carimbo (Pinduca)
4-Passarinho – Carimbo (Pinduca – João Antonio de Oliveira)
5-Vaqueiro – Carimbo (Pinduca – João Antonio de Oliveira)
6-Lambada – Sambão (Pinduca)

Lado B

1-Comancheira – Yô, yô, yá, yá (Comancheira) (Pinduca)
2-Lá lariá – Lári, lári(Pinduca – Edualvaro Magno Marques)
3-Coisa boa do Pará – Carimbo(Pinduca – Carlos Santiago Mamede)
4-Boca de forno – Carimbo (Pinduca)
5- Comprando fiado – Sirimbó (Pinduca – Carlos Santiago Mamede)
6- Mutirão – Carimbo (Pinduca – Nauar)