O Acervo Origens é uma iniciativa do violeiro, pesquisador e produtor musical Cacai Nunes e visa pesquisar, catalogar, divulgar e compartilhar conteúdos musicais na internet e em atividades culturais das mais diversas como shows, saraus, bailes de forró e programas de rádio. Ao identificar, articular e divulgar a música brasileira, sua história e elementos – entendidos como o conjunto entrelaçado de saberes, experiências e expressões de pessoas, grupos e comunidades, sobre os mais diversos temas – o ACERVO ORIGENS visa contribuir para a geração e distribuição de um valioso conhecimento, muitas vezes ignorado e disperso pelo território nacional.
Mostrando postagens com marcador Candeia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Candeia. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Programa Acervo Origens - 20maio23

Contribua com o Acervo Origens

PIX: acervoorigens@gmail.com
Paypal: cacainunes@gmail.com
www.acervoorigens.com

-------------------------------

O Programa Acervo Origens desta semana apresenta a linda voz de Dilu Melo, cantigas tradicionais com o Conjunto Filadélfia, os sambas de terreiro de Candeia, os choros dolentes de Índio do Cavaquinho ao lado de seu conjunto e os forrós autênticos com a doce voz de Alventino Cavalcanti.

Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes


1) A canção dos velhinhos (Dilu Mello) com Dilu Melo
2) Tristeza de juriti (Bidu Reis - Murilo Latini) com Dilu Melo
3) Toada do jangadeiro (Enock Figueiredo - Ovídio Chaves) com Dilu Melo
4) Adeus à sanfona (Dilú Mello - Celso Guimarães Filho) com Dilu Melo

5) Casinha Pequenina (Tradicional) com Conjunto Filadélfia
6) Boiadeiro (Armando Cavalcanti - Klecius Caldas) com Conjunto Filadélfia
7) Foi boto sinhá (Waldemar Henrique) com Conjunto Filadélfia
8) Sabiá (Tradicional) com Conjunto Filadélfia
9) Vou vender meu barco (Alberto Montalvan) com Conjunto Filadélfia

10) Brinde ao cansaço (Candeia) com Candeia
11) Alegria perdida (Candeia - Wilson Moreira) com Candeia
12) Camafeu (Martinho da Vila) com Candeia

13) Macaquinho (Cesar Moreno) com Índio e seu conjunto
14) Passarinho da noite (Nestor Campos) com Índio e seu conjunto
15) Sugestivo (Moacyr Silva) com Índio e seu conjunto
16) Uma noite em São Borja (Abel Ferreira - José Menezes) com Índio e seu conjunto
17) Gingando (Índio) com Índio e seu conjunto

18) Sofre quem tem amor (Bidoca -J Lisboa - Hélio Nascimento) com Alventino Cavalcanti
19) Rojão da beira mar (João Barone - Luiz de Souza) com Alventino Cavalcanti
20) Adeus, adeus (Bezerra da Silva - Longuinho) com Alventino Cavalca

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Programa Acervo Origens - 17dez22

O Programa Acervo Origens desta semana apresenta a obra de Patápio Silva nas interpretações de Altamiro Carrilho, Luizinho Eça e do grupo Galo Preto, a sanfona de Adelaide Chiozzo, o vigor e o suingue de Rosinha de Valença, grande nome do violão brasileiro, os sambas de Candeia e lindas gravações dos anos 60 do nosso Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.



1) Primeiro amor (Patápio Silva) com Altamiro Carrilho e Luizinho Eça
2) Polca (Patápio Silva) Com Galo Preto e part. de Beto Cazes
3) Joanita (Patápio Silva) Com Galo Preto e part. de Maurício Carrilho

4) É samba (Vicente Paiva - Luiz Iglezias - Walter Pinto) com Adelaide Chiozzo
5) Meu veleiro (Lina Pesce) com Adelaide Chiozzo
6) Deixa comigo (Indio) com Adelaide Chiozzo

7) Valsa de Eurídice (Vinícius de Moraes) com Rosinha de Valença
8) Morena do mar (Dorival Caymmi) com Rosinha de Valença
9) Bala com bala (João Bosco - Aldir Blanc) com Rosinha de Valença

10) Silêncio tamborim (Wilson Bombeiro - Anézio) com Candeia
11) Minhas madrugadas (Candeia - Paulinho da Viola) com Candeia
12) Saudação a Toco Preto (Candeia) com Candeia
13) Filosofia do samba (Candeia) com Candeia

14) Dedo mindinho (Luiz Gonzaga) com Luiz Gonzaga
15) Nordeste Sangrento (Elias Soares) com Luiz Gonzaga
16) Baião Polinário (Humberto Teixeira) com Luiz Gonzaga
17) Manduquinha (Luiz Gonzaga) com Luiz Gonzaga

Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Programa Acervo Origens - 07ago21

O Programa Acervo Origens desta semana apresenta a obra de Patápio Silva nas interpretações de Altamiro Carrilho, Luizinho Eça e do grupo Galo Preto, a sanfona de Adelaide Chiozzo, o vigor e o suingue de Rosinha de Valença, grande nome do violão brasileiro, os sambas de Candeia e lindas gravações dos anos 60 do nosso Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.


1) Primeiro amor (Patápio Silva) com Altamiro Carrilho e Luizinho Eça
2) Polca (Patápio Silva) Com Galo Preto e part. de Beto Cazes
3) Joanita (Patápio Silva) Com Galo Preto e part. de Maurício Carrilho

4) É samba (Vicente Paiva - Luiz Iglezias - Walter Pinto) com Adelaide Chiozzo
5) Meu veleiro (Lina Pesce) com Adelaide Chiozzo
6) Deixa comigo (Índio) com Adelaide Chiozzo

7) Valsa de Eurídice (Vinícius de Moraes) com Rosinha de Valença
8) Morena do mar (Dorival Caymmi) com Rosinha de Valença
9) Bala com bala (João Bosco - Aldir Blanc) com Rosinha de Valença

10) Silêncio tamborim (Wilson Bombeiro - Anézio) com Candeia
11) Minhas madrugadas (Candeia - Paulinho da Viola) com Candeia
12) Saudação a Toco Preto (Candeia) com Candeia
13) Filosofia do samba (Candeia) com Candeia

14) Dedo mindinho (Luiz Gonzaga) com Luiz Gonzaga
15) Nordeste Sangrento (Elias Soares) com Luiz Gonzaga
16) Baião Polinário (Humberto Teixeira) com Luiz Gonzaga
17) Manduquinha (Luiz Guimarães) com Luiz Gonzaga

Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Programa Acervo Origens - 11jul20

O Programa Acervo Origens desta semana apresenta o violão dolente de Dilermando Reis, sambas autênticos com Candeia, em faixas do lindo álbum Seguinte..Raiz de 1971, a viola caipira de Ivan Vilela, a cantoria de Doroty Marques e a sanfona virtuosa de Orlando Silveira que, se estivesse vivo, estaria completando 95 anos de idade.



1) Quando vovó dançava (Dilermando Reis) com Dilermando Reis
2) Miudinho (Dilermando Reis) com Dilermando Reis
3) Cavaquinho encabulado (Dilermando Reis) com Dilermando Reis

4) Saudação a Toco Preto (Candeia) com Candeia
5) De qualquer maneira (Candeia) com Candeia
6) Quarto escuro (Candeia) com Candeia

7) Baiãozin Calungo (Ivan Vilela) com Ivan Vilela
8) No balanço do Jacá (Ivan Vilela) com Ivan Vilela
9) Armorial (Ivan Vilela) com Ivan Vilela

10) João Semente (João de Castro) com Doroty Marques
11) Giramundo (Luis Edgard) com Doroty Marques
12) Salário Nanico (Saulo Pinto Muniz) com Doroty Marques
13) Eterno como areia (José M. Giroldo) com Doroty Marques

14) Romântico (Orlando Silveira - Dino 7 Cordas) com Orlando Silveira e Regional do Canhoto
15) Pau de Arara (Guio de Moraes - Luiz Gonzaga) com Orlando Silveira e conjunto
16) Modulando (Rubens Leal Brito) com Orlando Silveira e conjunto
17) Dança da Naja (Pedro Santos - Jorge Gonçalves) com Orlando Silveira e Regional

Pesquisa, Produção e apresentação: Cacai Nunes

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Programa Acervo Origens - 01fev20

O Programa Acervo Origens desta semana apresenta choros clássicos com Carioca e sua orquestra de baile, catiras com Vieira e Vieirinha, os Reis do Catira, arranjos de Guerra-Peixe em maracatus de Capiba, o virtuosismo de Roberto Corrêa em músicas de seu fabuloso álbum Extremosa-Rosa, de 2002, e os sambas na voz de Candeia.



1) O xameguinho dela (Porfírio Costa) com Carioca e sua Orquestra de baile
2) Sonoroso (K-Ximbinho) com Carioca e sua Orquestra de baile
3) Bem te vi atrevido (Lina Pesce) com Carioca e sua Orquestra de baile
4) Murmurando (Fon-Fon) com Carioca e sua Orquestra de baile

5) Chão preto (Vieirinha - Edward de Marchi) com Vieira e Vieirinha
6) Quinze de setembro (Sebastião Victor - Antonio Vieira) com Vieira e Vieirinha
7) Recorte moderno (Dada) com Vieira e Vieirinha

8) É de tororó (Capiba) com Guerra Peixe e Orquestra RGE
9) Eh Luanda (Capiba) com Guerra Peixe e Orquestra RGE
10) Nação Nagô (Capiba) com Guerra Peixe e Orquestra RGE
11) Vira moenda (Capiba) com Guerra Peixe e Orquestra RGE

12) Extremosa-Rosa (Roberto Corrêa) com Roberto Corrêa
13) Viola Quebrada (Mário de Andrade) com Roberto Corrêa
14) Mazurca do Viajor (Roberto Corrêa) com Roberto Corrêa

15) Chorei, chorei (Candeia) com Candeia
16) Sorriso antigo (Candeia - Aldecy) com Candeia
17) Prece ao Sol (Candeia) com Candeia

Pesquisa, Produção e apresentação: Cacai Nunes

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Programa Acervo Origens - 01nov14

Está no ar o Programa Acervo Origens com Paulo Moura e Clara Sverner interpretando Pixinguinha, as belas modas de Nhô Belarmino e Nhá Gabriela, a sanfona potente de Mestrinho em faixas de seu novo álbum Opinião, os sambas de Candeia e os incríveis pífanos da Banda de Pífanos de Caruaru



1) Ainda me recordo (Pixinguinha - Benedito Lacerda) com Clara Sverner e Paulo Moura
2) Oito Batutas (Pixinguinha - Benedito Lacerda) com Clara Sverner e Paulo Moura
3) Rosa (Pixinguinha) com Clara Sverner e Paulo Moura
4) Paranaguá (Nhô Belarmino) com Nhô Belarmino e Nhá Gabriela
5) Mocinhas da cidade (Nhô Belarmino) com Nhô Belarmino e Nhá Gabriela
6) Chamego bom (Mestrinho) com Mestrinho
7) Superar (Mestrinho) com Mestrinho e participação de Gilberto Gil
8) A arte de quem se ama (Elton Moraes) com Mestrinho e participação de Thaís Nogueira
9) Silêncio tamborim (Wilson Bombeiro-Anézio) com Candeia
10) Saudação a Tôco Preto (Candeia) com Candeia
11) De qualquer maneira (Candeia) com Candeia
12) Vem é Lua (Candeia) com Candeia
13) Caboré (Sebastião Biano) Banda de Pífanos de Caruaru
14) Pipoca moderna (Caetano Veloso - Sebastião Biano) Banda de Pífanos de Caruaru
Programa Acervo Origens, todo sábado às 19h na Nacional Brasília FM 96,1 ou on line no www.acervoorigens.com
Apresentação: Cacai Nunes
Redação: Gabriela Tunes

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Programa Acervo Origens - 07dez13


Novo Programa no ar 




1) Minha serás eternamente (Arcenio de Carvalho/Lourival Faissal), com Chiquinho do Acordeon e sua Orquestra 
2) Samba Triste  (Baden Powell - Billy Blanco), com Chiquinho do Acordeon e sua Orquestra
3) Serenata Suburbana (Capiba), com Chiquinho do Acordeon e sua Orquestra

4) Araçá Cadê mamãe (Zabé da Loca), com Zabé da Loca
5) Madrinha Espera por eu (Zabé da Loca), com Zabé da Loca
6) Loro (Zabé da Loca), com Zabé da Loca
7) Fulô do Mamoeiro (Zabé da Loca), com Zabé da Loca

8) Conselho de Vadio (Alvarenga), com Candeia
9) Brinde ao cansaço (Candeia), com Candeia
10) Camafeu (Martinho da Vila), com Candeia

11) Seu Siriri (Florival Ferreira – Edson Duarte), com Trio Dona Zefa
12) Tire essa aliança (Diá de Jatobá), com Trio Dona Zefa
13) Forró do Talarico (Danilo Ramalho), com Trio Dona Zefa

14) Engenho Novo (Heckel Tavares), com Inezita Barroso
15) Viola Quebrada (Mário de Andrade), com Inezita Barroso
16) Yemanjá (Nelson Ferreira - Luiz Luna), com Inezita Barroso

Programa Acervo Origens, todo sábado às 19h na Nacional Brasília FM 96,1mhz ou no www.acervoorigens.com.

Produção e apresentação: Cacai Nunes
Redação: Gabriela Tunes
Digitalização do Acervo: Renato Menguele

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Programa Acervo Origens - 22set12

novo Programa Acervo Origens na área

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR

1) Minha serás eternamente (Arcenio de Carvalho/Lourival Faissal), com Chiquinho do Acordeon e sua Orquestra
2) Samba Triste  (Baden Powell - Billy Blanco), com Chiquinho do Acordeon e sua Orquestra
3) Serenata Suburbana (Capiba), com Chiquinho do Acordeon e sua Orquestra

4) Araçá Cadê mamãe (Zabé da Loca), com Zabé da Loca
5) Madrinha Espera por eu (Zabé da Loca), com Zabé da Loca
6) Loro (Zabé da Loca), com Zabé da Loca
7) Fulô do Mamoeiro (Zabé da Loca), com Zabé da Loca

8) Conselho de Vadio (Alvarenga), com Candeia
9) Brinde ao cansaço (Candeia), com Candeia
10) Camafeu (Martinho da Vila), com Candeia

11) Seu Siriri (Florival Ferreira – Edson Duarte), com Trio Dona Zefa
12) Tire essa aliança (Diá de Jatobá), com Trio Dona Zefa
13) Forró do Talarico (Danilo Ramalho), com Trio Dona Zefa

14) Engenho Novo (Heckel Tavares), com Inezita Barroso
15) Viola Quebrada (Mário de Andrade), com Inezita Barroso
16) Yemanjá (Nelson Ferreira - Luiz Luna), com Inezita Barroso

Programa Acervo Origens, todo sábado às 19h na Nacional Brasília FM 96,1mhz ou no www.acervoorigens.com.

Produção e apresentação: Cacai Nunes
Redação: Gabriela Tunes
Digitalização do Acervo: Renato Menguele

segunda-feira, 21 de março de 2011

Programa Acervo Origens - 19mar2011

                   Programa Acervo Origens na Rádio Nacional (19/03/2011)

Hoje temos samba, viola e rabeca com os ilustríssimos Candeia, Elomar, Mestre Salustiano e Alventino Cavalcanti.

Aproveitem que está bem legal


sexta-feira, 30 de março de 2007

Candeia

1978 - Axé


Antônio Candeia Filho ( RJ, 17/08/35 - 16/11/78 ) foi um importante sambista, cantor e compositor brasileiro. Filho de sambista, o menino Candeia até poderia guardar mágoa do samba. Em seus aniversários, ele contava com certa tristeza, não havia bolo, velinha, essas coisas de criança. A festa era mesmo com feijoada, limão e muito partido-alto. No Natal, a situação se repetia.
Seu pai, tipógrafo e flautista, foi, segundo alguns, o criador das Comissões de Frente das escolas de samba. Passava os domingos cantando com os amigos debaixo das amendoeiras do bairro de Oswaldo Cruz. Assim, nascido em casa de bamba, o garoto já freqüentava as rodas onde conheceria Zé com Fome, Luperce Miranda, Claudionor Cruz e outros. Com o tempo, aprendeu violão e cavaquinho, começou a jogar capoeira e a freqüentar terreiros de candomblé. Estava se forjando ali o líder que mais tarde seria um dos maiores defensores da cultura afro-brasileira. Arte negra era com ele mesmo.
Candeia começou a fazer músicas ainda na adolescência. Seu pai tocava flauta e carregava o filho para rodas de samba e de choro em Oswaldo Cruz e Madureira
Compôs em 1953 seu primeiro enredo, Seis Datas Magnas, com Altair Prego: foi quando a Portela realizou a façanha inédita de obter nota máxima em todos os quesitos do desfile (total 400 pontos).
Começou a freqüentar a Portela, virou compositor da escola e em 1953, antes de completar 18 anos, viu sua gloriosa agremiação de Madureira desfilar com um samba enredo de sua autoria, As seis cartas magnas.
No início dos anos 60, dirigiu o conjunto Mensageiros do Samba. Em 61, entrou para a polícia. Tinha fama de truculento e suas atitudes começaram a causar ressentimentos entre seus antigos companheiros. Provavelmente, não imaginava que começava a se abrir caminho para a tragédia que mudaria sua vida. Diz-se que, ao esbofetear uma prostituta, ela rogou-lhe uma praga; na noite seguinte, ao sair atirando do carro num acidente de trânsito, levou um tiro na espinha que paralisou para sempre suas pernas.
Candeia fundou o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo, para a valorização da cultura negra e da arte popular.
Em seus sambas, podemos assistir seu doloroso e sereno diálogo com a deficiência e com a morte pressentida: Pintura sem Arte, Peso dos Anos, Anjo Moreno e Eterna Paz são só alguns exemplos. Recolheu-se em sua casa; não recebia praticamente ninguém. Foi um custo para os amigos como Martinho da Vila e Bibi Ferreira trazerem-no de volta. De qualquer maneira, meu amor, eu canto, diria ele depois num dos versos que marcaram seu reencontro com a vida.
O couro voltou a comer nos pagodes do fundo de quintal de Candeia que comandava tudo de seu trono de rei, a cadeira que nunca mais abandonaria.
No curto reinado que lhe restava, dono de uma personalidade rica e forte, Candeia foi líder carismático, afinado com as amarguras e aspirações de seu povo. Fiel à sua vocação de sambista, cantou sua luta em músicas como Dia de Graça e Minha Gente do Morro. Coerente com seus ideais, em dezembro de 75 fundou a Escola de Samba Quilombo, que deveria carregar a bandeira do samba autêntico. O documento que delineava os objetivos de sua nova escola dizia: Escola de Samba é povo na sua manifestação mais autêntica! Quando o samba se submete a influências externas, a escola de samba deixa de representar a cultura de nosso povo.
No mesmo ano de 75, Candeia compunha seu impressionante Testamento de Partideiro, onde dizia: Quem rezar por mim que o faça sambando.
Em 78, ano de sua morte, gravou Axé um dos mais importantes discos da história do Samba. Ainda viu publicado seu livro escrito juntamente com Isnard: Escola de Samba, Árvore que Perdeu a Raiz.
Voltou a ter reconhecimento em 1995, quando Martinho da Vila gravou o disco Tá delícia, tá gostoso, no qual incluiu um pot-pourri chamado Em memória de Candeia, que tinha as faixas Dia de graça, Filosofia do samba, De qualquer maneira, Peixeiro grã-fino e Não tem vencedor.
Em 1997 foram relançados em CD três discos de Candeia: Samba da antiga, de 1970, Filosofia do samba, lançado originalmente em 1971 e Samba de roda, de 1974.
Fonte: Wikipédia