O Programa Acervo Origens desta semana apresenta o versátil bandolim de Joel Nascimento em faixas do lindo álbum O Pássaro, lançado em 1978, Zé Gonzaga cantando com acompanhamento do Regional do Canhoto, Emílio Santiago em faixas de seu álbum de estreia, Quinteto Violado cantando Milton Nascimento e Geraldo Vandré e Martinho da Vila com seus sucessos do álbum Canta Canta Minha Gente, de 1974.
1) Não sei porque (Joel Nascimento) com Joel Nascimento
2) Sorriso de Cristina (Joel Nascimento) com Joel Nascimento
3) O pássaro (Joel Nascimento) com Joel Nascimento
4) Caçada de onça (Atilla Bezerra) com Zé Gonzaga
5) Prisão do Quelemente (Carlos Diniz – Silveira Junior) com Zé Gonzaga
6) Aquarela carioca (Zé Gonzaga – Nadim Abraham) com Zé Gonzaga
7) Brother (Jorge Ben Jor) com Emílio Santiago
8) Nega Dina (Zé Keti) com Emílio Santiago
9) Batendo a porta (João Nogueira - Paulo César Pinheiro) com Emílio Santiago
10) Bananeira (Gilberto Gil - João Donato) com Emílio Santiago
11) Oh Nhô Jon (Cantiga africana - Adapt Fernando Melo - Luciano Pimentel) com Quinteto Violado
12) Morro velho (Milton Nascimento - Fernando Brant) com Quinteto Violado
13) Sobre Vivência (Fernando Filizola - Rita Costa Melo)
Cantiga brava (Geraldo Vandré)" com Quinteto Violado
14) Renascer das Cinzas (Martinho da Vila) com Martinho da Vila
15) Visgo de jaca (Rildo Hora - Sérgio Cabral) com Martinho da Vila
16) Canta, canta minha gente (Martinho da Vila) com Martinho da Vila
17) Disritmia (Martinho da Vila) com Martinho da Vila
Pesquisa, Produção e apresentação: Cacai Nunes
O Acervo Origens é uma iniciativa do violeiro, pesquisador e produtor musical Cacai Nunes e visa pesquisar, catalogar, divulgar e compartilhar conteúdos musicais na internet e em atividades culturais das mais diversas como shows, saraus, bailes de forró e programas de rádio.
Ao identificar, articular e divulgar a música brasileira, sua história e elementos – entendidos como o conjunto entrelaçado de saberes, experiências e expressões de pessoas, grupos e comunidades, sobre os mais diversos temas – o ACERVO ORIGENS visa contribuir para a geração e distribuição de um valioso conhecimento, muitas vezes ignorado e disperso pelo território nacional.
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
terça-feira, 16 de julho de 2019
Programa Acervo Origens - 13jul19
O Programa Acervo Origens desta semana apresenta músicas de Anacleto de Medeiros com arranjos de Rogerio Duprat, frevos na sanfona de Sivuca, a voz de Gilberto Alves em sambas inesquecíveis, a força da música dos Gonzaga com a simpatia de Zé Gonzaga, irmão de Luiz Gonzaga e as modas, pagodes e cateretês com Tião Carreiro e Pardinho.
1) Em ti pensando (Anacleto de Medeiros) do LP lançado em 1980, com arranjos de Rogério Duprat
2) Os bohêmios (Anacleto de Medeiros - Catullo da Paixão Cearense) do LP lançado em 1980, com arranjos de Rogério Duprat
3) Três estrelinhas (Anacleto de Medeiros) do LP lançado em 1980, com arranjos de Rogério Duprat
4) Folião ausente (Sivuca) com Sivuca
5) Gostosão (Nelson Ferreira) com Sivuca
6) Frevo sanfonado (Sivuca - Glorinha Gadelha) com Sivuca
7) Ela não me esquece (Alcebíades Nogueira - Ruthinaldo Silva) com Gilberto Alves
8) Rei do astral (José Gonçalves) com Gilberto Alves
9) Como é que ficou o céu (Newton Teixeira - Mário Lago) com Gilberto Alves
10) O pão que o diabo amassou (Ary Monteiro - Arnaldo Passos) com Gilberto Alves
11) Vendedor de camarão (Zé Gonzaga - Menezes Veiga) com Zé Gonzaga
12) Bulandeira (Zé Gonzaga) com Zé Gonzaga
13) O sertanejo (Aguiar Filho - João Silva) com Zé Gonzaga
14) A beleza do ponteio (Capitão Furtado - Tião Carreiro) com Tião Carreiro e Pardinho
15) Derrota (Décio dos Santos) com Tião Carreiro e Pardinho
16) Geada do Paraná (Teddy Vieira ) com Tião Carreiro e Pardinho
17) Pagode na praça (Jorge Paulo - Moacyr dos Santos) com Tião Carreiro e Pardinho
Pesquisa, Produção e apresentação: Cacai Nunes
1) Em ti pensando (Anacleto de Medeiros) do LP lançado em 1980, com arranjos de Rogério Duprat
2) Os bohêmios (Anacleto de Medeiros - Catullo da Paixão Cearense) do LP lançado em 1980, com arranjos de Rogério Duprat
3) Três estrelinhas (Anacleto de Medeiros) do LP lançado em 1980, com arranjos de Rogério Duprat
4) Folião ausente (Sivuca) com Sivuca
5) Gostosão (Nelson Ferreira) com Sivuca
6) Frevo sanfonado (Sivuca - Glorinha Gadelha) com Sivuca
7) Ela não me esquece (Alcebíades Nogueira - Ruthinaldo Silva) com Gilberto Alves
8) Rei do astral (José Gonçalves) com Gilberto Alves
9) Como é que ficou o céu (Newton Teixeira - Mário Lago) com Gilberto Alves
10) O pão que o diabo amassou (Ary Monteiro - Arnaldo Passos) com Gilberto Alves
11) Vendedor de camarão (Zé Gonzaga - Menezes Veiga) com Zé Gonzaga
12) Bulandeira (Zé Gonzaga) com Zé Gonzaga
13) O sertanejo (Aguiar Filho - João Silva) com Zé Gonzaga
14) A beleza do ponteio (Capitão Furtado - Tião Carreiro) com Tião Carreiro e Pardinho
15) Derrota (Décio dos Santos) com Tião Carreiro e Pardinho
16) Geada do Paraná (Teddy Vieira ) com Tião Carreiro e Pardinho
17) Pagode na praça (Jorge Paulo - Moacyr dos Santos) com Tião Carreiro e Pardinho
Pesquisa, Produção e apresentação: Cacai Nunes
segunda-feira, 2 de março de 2015
Programa Acervo Origens - 28fev15
está no ar o Programa Acervo Origens com o cavaquinho contemporâneo de Leonardo Benon, as lindas vozes do Trio Nagô, a viola magistral de Adelmo Arcoverde, as modas das Irmãs Castro e a sanfona de Zé Gonzaga
1) Impressões em Sol menor (Léo Benon), com Léo Benon
2) Perseverança (Léo Benon), com Léo Benon
3) Delicado (Waldir Azevedo), com Léo Benon
2) Perseverança (Léo Benon), com Léo Benon
3) Delicado (Waldir Azevedo), com Léo Benon
4) Na baixa do sapateiro (Ary Barroso), com Trio Nagô
5) Aquarela Cearense (Waldemar Ressureição), com Trio Nagô
6) Prece ao vento (Alcyr Pires Vermelhor - Gilvan Chaves - Fernando Luiz), com Trio Nagô
5) Aquarela Cearense (Waldemar Ressureição), com Trio Nagô
6) Prece ao vento (Alcyr Pires Vermelhor - Gilvan Chaves - Fernando Luiz), com Trio Nagô
7) Concertino N°2 para Viola de 10 Cordas e Orquestra (Adelmo Arcoverde)
1° Movimento - O Rei;
2° Movimento - O Rei e a Noiva;
3° Movimento - As Bodas
Interpretado pela Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música sob a regência de José Renato Accioly e Adelmo Arcoverde como solista.
1° Movimento - O Rei;
2° Movimento - O Rei e a Noiva;
3° Movimento - As Bodas
Interpretado pela Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música sob a regência de José Renato Accioly e Adelmo Arcoverde como solista.
8) Chalana (Mário Zan - Arlindo Pinto), com as Irmãs Castro
9) Beijinho Doce (Nhô Pai), com as Irmãs Castro
9) Beijinho Doce (Nhô Pai), com as Irmãs Castro
10) Vendedor de Camarão (Zé Gonzaga - Menezes Veiga), com Zé Gonzaga
11) O Sertanejo (Aguiar Filho - João Silva), com Zé Gonzaga
12) Chorei sim (Zé Gonzaga), com Zé Gonzaga
11) O Sertanejo (Aguiar Filho - João Silva), com Zé Gonzaga
12) Chorei sim (Zé Gonzaga), com Zé Gonzaga
Programa Acervo Origens todo sábado às 19h na Nacional Brasília FM 96,1mhz e no www.acervoorigens.com
Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes
Redação: Gabriela Tunes
Digitalização do acervo: Renato Menguele
Redação: Gabriela Tunes
Digitalização do acervo: Renato Menguele
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Programa Acervo Origens - 22fev14
está no ar o Programa Acervo Origens com o cavaquinho contemporâneo de Leonardo Benon, as lindas vozes do Trio Nagô, a viola magistral de Adelmo Arcoverde, as modas das Irmãs Castro e a sanfona de Zé Gonzaga
1) Impressões em Sol menor (Léo Benon), com Léo Benon
2) Perseverança (Léo Benon), com Léo Benon
3) Delicado (Waldir Azevedo), com Léo Benon
1) Impressões em Sol menor (Léo Benon), com Léo Benon
2) Perseverança (Léo Benon), com Léo Benon
3) Delicado (Waldir Azevedo), com Léo Benon
4) Na baixa do sapateiro (Ary Barroso), com Trio Nagô
5) Aquarela Cearense (Waldemar Ressureição), com Trio Nagô
6) Prece ao vento (Alcyr Pires Vermelhor - Gilvan Chaves - Fernando Luiz), com Trio Nagô
5) Aquarela Cearense (Waldemar Ressureição), com Trio Nagô
6) Prece ao vento (Alcyr Pires Vermelhor - Gilvan Chaves - Fernando Luiz), com Trio Nagô
7) Concertino N°2 para Viola de 10 Cordas e Orquestra (Adelmo Arcoverde)
1° Movimento - O Rei;
2° Movimento - O Rei e a Noiva;
3° Movimento - As Bodas
Interpretado pela Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música sob a regência de José Renato Accioly e Adelmo Arcoverde como solista.
1° Movimento - O Rei;
2° Movimento - O Rei e a Noiva;
3° Movimento - As Bodas
Interpretado pela Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música sob a regência de José Renato Accioly e Adelmo Arcoverde como solista.
8) Chalana (Mário Zan - Arlindo Pinto), com as Irmãs Castro
9) Beijinho Doce (Nhô Pai), com as Irmãs Castro
9) Beijinho Doce (Nhô Pai), com as Irmãs Castro
10) Vendedor de Camarão (Zé Gonzaga - Menezes Veiga), com Zé Gonzaga
11) O Sertanejo (Aguiar Filho - João Silva), com Zé Gonzaga
12) Chorei sim (Zé Gonzaga), com Zé Gonzaga
11) O Sertanejo (Aguiar Filho - João Silva), com Zé Gonzaga
12) Chorei sim (Zé Gonzaga), com Zé Gonzaga
Programa Acervo Origens todo sábado às 19h na Nacional Brasília FM 96,1mhz e no www.acervoorigens.com
Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes
Redação: Gabriela Tunes
Digitalização dos acervos: Renato Menguele
Redação: Gabriela Tunes
Digitalização dos acervos: Renato Menguele
terça-feira, 12 de abril de 2011
Zé Gonzaga e Conjunto - Um pedacinho do Nordeste (12/04/2011)
Para a postagem de hoje, sobre Zé Gonzaga, encontrei um texto na Internet, escrito por Abílio Neto, em 2004, falando sobre Zé Gonzaga, de uma forma que dificilmente eu conseguiria fazer melhor. Então, transcrevo para vocês abaixo:
Andei,
Pela Estrada da Vida
Na esperança de um dia
Encontrar um amor
Fiquei,
No meio da encruzilhada
A estrada fechada
E o meu sonho se acabou
Hoje,
Sei que estou condenado,
A viver desprezado,
Sem ninguém me querer
Ah Deus,
O que é que eu posso fazer?
“ José Januário dos Santos, conhecido artisticamente como Zé Gonzaga, nasceu em Exu/PE em 15/01/1921 e faleceu no Rio de Janeiro/RJ em 12/04/2002, aos 81 anos de idade. Era o mais novo dos quatro homens, dos filhos de Januário, pai de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.
Tal qual o pai Januário, o irmão Severino e o irmão Luiz, Zé tinha um enorme talento musical e sem dúvida foi um dos maiores músicos de sanfona deste País, de todos os tempos. Também foi ótimo compositor. Luiz que era um gênio da sanfona considerava-o também o melhor músico da família que, ao todo, tinha sete artistas entre pai, irmãos e irmãs.
Fugindo da seca do sertão pernambucano, Zé Gonzaga, em 1939 saiu em direção ao sul do País em busca de ajuda dos seus irmãos Joca e Severino que moravam em São Paulo, ou Luiz, no Rio de Janeiro, que não via desde 1930. Não achou os irmãos de São Paulo, escreveu para a mãe, D. Santana, pedindo o endereço de Luiz no Rio de Janeiro. E foi assim que numa manhã de março de 1940, numa pensão situada na Rua São Frederico, 14, no Morro de São Carlos no Rio de Janeiro, Luiz Gonzaga foi acordado antes da hora por D. Tereza, uma portuguesa, dona da pensão que lhe disse: - Gonzaga, acorda que cá está um gajo a dizer que é teu irmão. Gonzaga que ainda vivia no mangue tocando em praça pública para sobreviver, respondeu: - Oxente D. Tereza, que diabo é isso? Aí, tropeçando de sono foi até a porta, reclamando, e deu de cara com um rapaz moreno de olhos azuis iguais ao da sua mãe. Disse José, com quem Luiz sempre teve uma relação de amor e ódio, que ao aparecer aquele negão, de cara redonda, perguntou: - Você é que é Luiz Gonzaga? Eu sou José seu irmão, ao que Luiz respondeu: - E você veio fazer o quê aqui, seu moleque safado que eu não mandei chamar ninguém porque eu estou pior que vocês? – Eu vim praqui porque tá uma seca danada lá no Sertão e mãe mandou dizer pra tu dar um jeito de ajudar a gente. De imediato, a ajuda de Luiz foi comprar um colchão para o irmão e pagar pra ele as despesas de hospedagem da pensão. Zé então com 19 anos passou a ajudar o irmão carregando-lhe a sanfona até o Mangue e a passar o pires no recolhimento das gorjetas. Depois com o passar do tempo e tendo Luiz Gonzaga ficado famoso, deu-lhe uma sanfona, o incentivo e abriu os espaços para o novo artista. José, que era exímio sanfoneiro, fez carreira à sombra do irmão, tendo adotado, a pedido deste, o nome artístico Zé Gonzaga. Depois do empurrão do irmão à sua carreira, venceu pelo seu próprio talento. Casou-se, e durante algum tempo Luiz morou com o irmão e a sua esposa Clara. No final da década de 1940, Zé Gonzaga já tocava na Rádio Guanabara e em 1949 gravou o seu primeiro disco de 78 rotações pela Star, o qual continha os choros, Teimoso, de Zé Gonzaga e Vira o Outro Lado, de Cipó. Em 1950 mudou de gravadora e na Odeon gravou o calango Ai Sanfona, de sua autoria e Jeová Rodrigues e a rancheira Bate Sola, da mesma dupla. Em 1951 gravou a batucada Bebida Não Mata Ninguém, de Kid Pepe e Arlindo Caldas e também o xote O Forró de Quelemente, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. Em 1951 fez a música Viva o Rei, em parceria com Zé Amâncio, uma homenagem a seu irmão Luiz que tinha sofrido grave acidente de carro que foi gravada pelos dois, fazendo mais sucesso na voz de Luiz. Em 1956 fez enorme sucesso com O Cheiro da Carolina, de sua autoria e Amorim Roxo. Em 1957 formou um conjunto próprio com o qual passou a se apresentar e a gravar por um determinado período. Chegou a gravar um disco somente composto de tangos, gênero musical que executava muito bem na sanfona pela gravadora Phonodisc. Tal qual um cowboy americano, Zé Gonzaga se apresentava todo de preto, porém com chapéu à moda de cangaceiro de Lampião. Usava também lenço no pescoço, cartucheira e revólver.
Tal qual o pai Januário, o irmão Severino e o irmão Luiz, Zé tinha um enorme talento musical e sem dúvida foi um dos maiores músicos de sanfona deste País, de todos os tempos. Também foi ótimo compositor. Luiz que era um gênio da sanfona considerava-o também o melhor músico da família que, ao todo, tinha sete artistas entre pai, irmãos e irmãs.
Fugindo da seca do sertão pernambucano, Zé Gonzaga, em 1939 saiu em direção ao sul do País em busca de ajuda dos seus irmãos Joca e Severino que moravam em São Paulo, ou Luiz, no Rio de Janeiro, que não via desde 1930. Não achou os irmãos de São Paulo, escreveu para a mãe, D. Santana, pedindo o endereço de Luiz no Rio de Janeiro. E foi assim que numa manhã de março de 1940, numa pensão situada na Rua São Frederico, 14, no Morro de São Carlos no Rio de Janeiro, Luiz Gonzaga foi acordado antes da hora por D. Tereza, uma portuguesa, dona da pensão que lhe disse: - Gonzaga, acorda que cá está um gajo a dizer que é teu irmão. Gonzaga que ainda vivia no mangue tocando em praça pública para sobreviver, respondeu: - Oxente D. Tereza, que diabo é isso? Aí, tropeçando de sono foi até a porta, reclamando, e deu de cara com um rapaz moreno de olhos azuis iguais ao da sua mãe. Disse José, com quem Luiz sempre teve uma relação de amor e ódio, que ao aparecer aquele negão, de cara redonda, perguntou: - Você é que é Luiz Gonzaga? Eu sou José seu irmão, ao que Luiz respondeu: - E você veio fazer o quê aqui, seu moleque safado que eu não mandei chamar ninguém porque eu estou pior que vocês? – Eu vim praqui porque tá uma seca danada lá no Sertão e mãe mandou dizer pra tu dar um jeito de ajudar a gente. De imediato, a ajuda de Luiz foi comprar um colchão para o irmão e pagar pra ele as despesas de hospedagem da pensão. Zé então com 19 anos passou a ajudar o irmão carregando-lhe a sanfona até o Mangue e a passar o pires no recolhimento das gorjetas. Depois com o passar do tempo e tendo Luiz Gonzaga ficado famoso, deu-lhe uma sanfona, o incentivo e abriu os espaços para o novo artista. José, que era exímio sanfoneiro, fez carreira à sombra do irmão, tendo adotado, a pedido deste, o nome artístico Zé Gonzaga. Depois do empurrão do irmão à sua carreira, venceu pelo seu próprio talento. Casou-se, e durante algum tempo Luiz morou com o irmão e a sua esposa Clara. No final da década de 1940, Zé Gonzaga já tocava na Rádio Guanabara e em 1949 gravou o seu primeiro disco de 78 rotações pela Star, o qual continha os choros, Teimoso, de Zé Gonzaga e Vira o Outro Lado, de Cipó. Em 1950 mudou de gravadora e na Odeon gravou o calango Ai Sanfona, de sua autoria e Jeová Rodrigues e a rancheira Bate Sola, da mesma dupla. Em 1951 gravou a batucada Bebida Não Mata Ninguém, de Kid Pepe e Arlindo Caldas e também o xote O Forró de Quelemente, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. Em 1951 fez a música Viva o Rei, em parceria com Zé Amâncio, uma homenagem a seu irmão Luiz que tinha sofrido grave acidente de carro que foi gravada pelos dois, fazendo mais sucesso na voz de Luiz. Em 1956 fez enorme sucesso com O Cheiro da Carolina, de sua autoria e Amorim Roxo. Em 1957 formou um conjunto próprio com o qual passou a se apresentar e a gravar por um determinado período. Chegou a gravar um disco somente composto de tangos, gênero musical que executava muito bem na sanfona pela gravadora Phonodisc. Tal qual um cowboy americano, Zé Gonzaga se apresentava todo de preto, porém com chapéu à moda de cangaceiro de Lampião. Usava também lenço no pescoço, cartucheira e revólver.
Zé Gonzaga deixou um legado de inúmeros discos de 78 rotações e 12 LPs gravados entre as décadas de 1940 e 1960. Seus maiores sucessos foram: Chorei Sim(1962), O Sertanejo(1963), Vendedor de Camarão(1962, música que contém uma deliciosa prosa), As Coisas Boas Que Eu Tenho(1962), Roseira do Norte(sua e de Pedro Sertanejo, gravada por Oswaldinho e Sivuca), Pisa na Fulô(1957), Barba de Bode(1958), Sanfoninha de Oito Baixos(1958), Baile da Tartaruga(1963), Estrada da Vida(S/D), O Cheiro da Carolina(1956), Viva o Rei(1951), Bebida Não Mata Ninguém(1951), Madalena(1953), Pensando Nela(1963), Não Corto Nem Penteio(1963), Recordando Januário(1963), Sanfoneiro Gordo(1964), Estrada Velha da Pavuna(1964) e Vida de Cigano (1964).
Pelas andanças no Recife teve contato com o frevo e gravou de forma magistral o frevo mais conhecido do carnaval de Pernambuco, Vassourinhas. Também compôs belos frevos como Adeus Pernambuco(1962) e Frevinho na Roça(1959). Gravou também a famosa marchinha carnavalesca dos Irmãos Valença, de Pernambuco, chamada Você Não Gosta de Mim(1962).
Em agosto de 1952 Zé Gonzaga participou da famosa excursão de Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, à Paris para se apresentar no castelo de Coberville, fato que lhe rendeu outra briga homérica com o irmão porque Zé foi em seu lugar, pois Luiz havia brigado com Chateaubriand. Na França fez tanto sucesso que por lá permaneceu até o final de 1952, tendo feito show até no elegante cassino de Deauville.
Em agosto de 1952 Zé Gonzaga participou da famosa excursão de Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, à Paris para se apresentar no castelo de Coberville, fato que lhe rendeu outra briga homérica com o irmão porque Zé foi em seu lugar, pois Luiz havia brigado com Chateaubriand. Na França fez tanto sucesso que por lá permaneceu até o final de 1952, tendo feito show até no elegante cassino de Deauville.
O acervo de 78 rotações de Zé Gonzaga foi gravado pela Star, Odeon, Continental, Guanabara e Copacabana. Os LPs foram gravados pela Copacabana, Japoti, Beverly e Phonodisc.
Zé Gonzaga morreu ressentido pelo fato de ter sido esquecido, de não ter sido, há vários anos, procurado por gravadora e nem por promotores de eventos culturais. Também levou o coração magoado pelo não reconhecimento da crítica ao seu trabalho como músico e compositor. A grande mídia de hoje não sabe quem foi Zé Gonzaga.Até do irmão famoso disse ao jornalista Assis Ângelo: “Luiz não era tudo isso que se diz dele, não”.
Zé casou-se, mas passou pouco tempo casado. Como o irmão Luiz, era também muito alegre e conquistador. Teve inúmeros casos amorosos, mas demonstrava não ser feliz. Na verdade, era uma pessoa muito só. Não deixou filhos.Tinha adotado há vários anos a religião espírita. Sem dúvida, a sua sanfona, e a sua alegria faz enorme falta. Talvez a música que diga muito dos seus sentimentos seja Estrada da Vida, de sua autoria:
Zé Gonzaga morreu ressentido pelo fato de ter sido esquecido, de não ter sido, há vários anos, procurado por gravadora e nem por promotores de eventos culturais. Também levou o coração magoado pelo não reconhecimento da crítica ao seu trabalho como músico e compositor. A grande mídia de hoje não sabe quem foi Zé Gonzaga.Até do irmão famoso disse ao jornalista Assis Ângelo: “Luiz não era tudo isso que se diz dele, não”.
Zé casou-se, mas passou pouco tempo casado. Como o irmão Luiz, era também muito alegre e conquistador. Teve inúmeros casos amorosos, mas demonstrava não ser feliz. Na verdade, era uma pessoa muito só. Não deixou filhos.Tinha adotado há vários anos a religião espírita. Sem dúvida, a sua sanfona, e a sua alegria faz enorme falta. Talvez a música que diga muito dos seus sentimentos seja Estrada da Vida, de sua autoria:
Andei,
Pela Estrada da Vida
Na esperança de um dia
Encontrar um amor
Fiquei,
No meio da encruzilhada
A estrada fechada
E o meu sonho se acabou
Hoje,
Sei que estou condenado,
A viver desprezado,
Sem ninguém me querer
Ah Deus,
O que é que eu posso fazer?
Zé Gonzaga foi sepultado no cemitério de Duque de Caxias/RJ, na baixada fluminense, onde residia. Entre os amantes do forró que conheceu o seu trabalho, deixou muita saudade. Este admirador o considera o maior sanfoneiro do Brasil”.
Lado A
01-Adeus São João
(Zé Gonzaga-Menezes Veiga)
02-Chorei sim
(Zé Gonzaga)
03-Sogra Bronqueada
(S. Ramos-José Batista)
04-O sertanejo
(Aguiar Filho-João Silva)
05-Vendedor de camarão
(Zé Gonzaga-Menezes Veiga)
Lado B
01-As coisas boas que eu tenho
(Altamiro Carrilho-Irany de Oliveira)
02-Bulandeira
(Zé Gonzaga)
03-Ai, amor
(S. Ramos-José Batista)
04- Não troco minha mulher
(Ary Monteir-Amado Regis)
05-Dançando com André
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Zé Gonzaga e Marinês e sua Gente - Vídeo (30.09.2010)
Olá gente
No último dia de cada mês vamos compartilhar um vídeo com vocês.
Desta vez, trazemos um belo registro de uma participação de Zé Gonzaga e Marinês e sua Gente no filme Rico ri à toa, de 1957, com direção de Roberto Farias.
Ambos tocam músicas do grande João do Vale.
Ambos tocam músicas do grande João do Vale.
Bom Proveito !
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