O Acervo Origens é uma iniciativa do violeiro, pesquisador e produtor musical Cacai Nunes e visa pesquisar, catalogar, divulgar e compartilhar conteúdos musicais na internet e em atividades culturais das mais diversas como shows, saraus, bailes de forró e programas de rádio. Ao identificar, articular e divulgar a música brasileira, sua história e elementos – entendidos como o conjunto entrelaçado de saberes, experiências e expressões de pessoas, grupos e comunidades, sobre os mais diversos temas – o ACERVO ORIGENS visa contribuir para a geração e distribuição de um valioso conhecimento, muitas vezes ignorado e disperso pelo território nacional.
Mostrando postagens com marcador Venâncio e os Baianos de Aracaju. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Venâncio e os Baianos de Aracaju. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Programa Acervo Origens - 25maio25

Contribua com o Acervo Origens

PIX: acervoorigens@gmail.com
Paypal: cacainunes@gmail.com
www.acervoorigens.com

-------------------------------------------

O Programa Acervo Origens desta semana traz o Zimbo Trio em faixas de seu álbum de estreia, o grande cantor e compositor Venâncio ao lado dos Baianos de Aracaju, modas, toadas e cururus com Nonô e Naná, e Walter Damasceno cantando músicas de seu álbum Bossa aí é mato, lançado pela Odeon em 1959.

Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes

1) O Norte (Luiz Chaves) com Zimbo Trio
2) Berimbau (Baden Powell - Vinicius de Moraes) com Zimbo Trio
3) Diz que fui por aí (Zé Keti - Hortênciio Rocha) com Zimbo Trio
4) Consolação (Baden Powell - Vinicius de Moraes) com Zimbo Trio
5) Zimbo samba (Adylson Godoy) com Zimbo Trio

6) Rio de ontem (Venâncio - Pechincha) com Venâncio e os baianos de Aracaju
7) Frei Damião (Carlos Magno - João Rodrigues) com Venâncio e os baianos de Aracaju
8) Balança esse menino (Venâncio - Clóvis Cavalcanti) com Venâncio e os baianos de Aracaju
9) Prece ao vento (Gilvan Chaves - Fernando Luiz - Alcyr Pires Vermelho) com Venâncio e os baianos de Aracaju
10) Cavalo do cão (Venâncio - Clóvis Cavalcanti) com Venâncio e os baianos de Aracaju

11) Eterna saudade (Bernadette Albardeora - Ulisses Lucas) com Nonô e Naná
12) Onde canta o sabiá (Nonô Basílio) com Nonô e Naná
13) No mourão da porteira (Raul Torres - João Pacífico) com Nonô e Naná
14) Teu bilhete (Zé Paioça - Zé Tapera) com Nonô e Naná

15) Burro manco (Bucy Moreira - João da Silva - Manoel Francisco) com Walter Damasceno + Regional do Canhoto
16) Saudade do Ceará (João da Silva - Bucy Moreira - João Sales) com Walter Damasceno + Regional do Canhoto
17) Fum fum (Zé Violão - Gumercindo Santos) com Walter Damasceno + Regional do Canhoto
18) Eu também sou irmão (J. Ferreira - Mário Luis) com Walter Damasceno + Regional do Canhoto
19) Não se meta não (J. Ferreira - Arlindo Sampaio - Hélio Nascimento) com Walter Damasceno + Regional do Canhoto

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Venâncio e os Baianos de Aracajú (30/12/2010)

Venâncio, cujo nome era Marcos Cavalcanti de Albuquerque, nasceu em Recife, no dia 07 de outubro de 1909. Começou sua carreira artística cantando cocos na região do Recife. Em 1928, conheceu Manuel José do Espírito Santo, o Corumba. A dupla Venâncio e Corumba teve longa duração, e tinha por característica misturar elementos da música sertaneja nordestina com outros da música caipira do sul. Eles se apresentavam na rádio Clube de Pernambuco por onze anos. Nos anos 40, mudaram-se par o Rio de Janeiro. Em 1950, gravaram o primeiro 78 rpm. Nesse período, foram para São Paulo como integrantes do elenco de uma peça teatral, e acabaram contratados pela Rádio Nacional. Em São Paulo, montaram uma produtora que empresariava vários artistas, com o curioso nome de “Venca Produções”. Venâncio era ativista das causas nordestinas em São Paulo, e militava contra o preconceito e em favor da valorização da cultura do nordeste. Ele foi até presidente da Associação de Repentistas, Poetas e Folcloristas do Brasil. A música mais importante da carreira da dupla é “Último Pau-de-Arara”,  que foi muito regravada, por grandes intérpretes da música brasileira, tais como Ari Lobo, Catulo de Paula, Quinteto Violado, Clara Nunes, Fagner, Maria Bethânia, Vanuque, Jair Rodrigues, Sérgio Reis, Zé Ramalho, Gilberto Gil, Teca Calazans, Caju e Castanha, Heraldo do Monte e Carmélia Alves, apenas para citar alguns.  A dupla acabou em 1968. Curumba seguiu carreira de empresário, e Venâncio continuou atuando como compositor.  Em 1977, ele formou o grupo “Venâncio e os Baianos de Aracaju”, que gravou um único disco, exatamente esse da postagem de hoje. Foi o último LP gravado por Venâncio. As composições de Venâncio são geniais, e exaltam o Brasil, seus lugares, sua cultura e o sentimento de ser brasileiro. Ele inclusive cita nomes de compositores, músicas, danças e lugares. Interessante é a faixa 3 do lado A (Rio Antigo), que faz referência a vários locais do Rio, e o refrão (na glória) é tirado do choro de mesmo nome, de autoria de Ary dos Santos e Raul de Barros. É divertidíssima a faixa 1 do lado B (O ensaio), que conta a história de um grupo musical que não deu certo. Brasil Caboclo, de Oliveira Francisco de Melo e João Quindingues, é lindíssima. De fato, esse disco é para ser ouvido inteiro, sem pular faixas.


Lado A

1-      Brasil Caboclo
(Oliveira Francisco de Melo – João Quindingues)
2-     Segure a louça
(Venâncio – Guriatã de Coqueiro)
3-     Rio de ontem
(Venâncio – Pechincha)
4-    Frei Damião
(João Rodrigues - Carlos Magno)
5-     Prece ao vento
(Gilvan Chaves – Fernando Luiz – Alcyr Pires Vermelho)
6-    Cavalo do cão
(Clovis Cavalcanti – Venâncio)

Lado B

1-      O ensaio
(Talismã – Getúlio Dórleans)
2-     João Crioulo e Maria Mulata
(Venâncio – Pechincha)
3-     Baião da viola
(Venâncio – Curumba)
4-    O índio
(Clovis Cavalcanti – Venâncio)
5-     Balança esse menino
(Clovis Cavalcanti – Venâncio)
6-    Zé de Olinda
(J. Cavalcanti – A. Carrasco)

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR