O Acervo Origens é uma iniciativa do violeiro, pesquisador e produtor musical Cacai Nunes e visa pesquisar, catalogar, divulgar e compartilhar conteúdos musicais na internet e em atividades culturais das mais diversas como shows, saraus, bailes de forró e programas de rádio. Ao identificar, articular e divulgar a música brasileira, sua história e elementos – entendidos como o conjunto entrelaçado de saberes, experiências e expressões de pessoas, grupos e comunidades, sobre os mais diversos temas – o ACERVO ORIGENS visa contribuir para a geração e distribuição de um valioso conhecimento, muitas vezes ignorado e disperso pelo território nacional.
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segunda-feira, 7 de março de 2022

Programa Acervo Origens - 05mar22

O Programa Acervo Origens desta semana traz choros, frevos e baiões com o cavaquinho do Simpatia, os eternos sambas na voz de Zé Keti, José Tobias cantando Zé Dantas, Ary Barroso e Chico Buarque e Marinês e sua gente em gravações que saíram em seu raro disco de 10 polegadas, lançado pela Sinter em 1957.


1) Dinorah (Benedito Lacerda - José Ferreira Ramos) com Simpatia
2) André de sapato novo (Andre Victor Corrêa) com Simpatia
3) Espinha de tambaqui (Renato Torres) com Simpatia
4) Sacudidinho (Renato Torres) com Simpatia
5) Voando em Surumú (Renato Torres) com Simpatia
6) Baião bossa nova (Olívia Figueiredo - Luiz Antonio) com Simpatia

7) Peço licença (Zé Keti) com Zé Keti
8) Opinião (Zé Keti) com Zé Keti
9) Malvadeza durão (Zé Keti) com Zé Keti
10) Acender as velas (Zé Keti) com Zé Keti

11) Acauã (Zé Dantas) com José Tobias
12) Maria (Ary Barroso - Luiz Peixoto) com José Tobias
13) Valsinha (Chico Buarque - Vinicius de Moraes) com José Tobias
14) Negro (Ronaldo Boscoli - Roberto Menescal) com José Tobias

15) Quero ver xaxar (João do Vale - Antonio Corrêa - Silveira Jr) com Marinês e sua gente
16) Que coco é esse (Maruim) com Marinês e sua gente
17) Pisa na fulô (João do Vale - Silveira Jr - Ernesto Pires) com Marinês e sua gente
18) É sempre assim (Tito Mendes - Cauby Melo) com Marinês e sua gente
19) Segredos do sertanejo (João do Vale - João Cândido) com Marinês e sua gente

Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Programa Acervo Origens - 15jun19

O Programa Acervo Origens desta semana apresenta a parceria do palhaço Carequinha com Altamiro Carrilho e sua bandinha, os batuques baianos com os Filhos de Gandhy, o balanço nordestino nas vozes de Osvaldo Oliveira e Jacinto Silva em gravações de 1970 e os sambas clássicos de Zé Keti.



1) O bom menino (Irany de Oliveira - Altamiro Carrilho) com Carequinha + Altamiro Carrilho e sua bandinha
2) Escolinha do Carequinha (Irany de Oliveira - Altamiro Carrilho) com Carequinha + Altamiro Carrilho e sua bandinha
3) História de gago (Irany de Oliveira - Altamiro Carrilho) com Carequinha + Altamiro Carrilho e sua bandinha
4) Canção da Criança (Francisco Alves - René Bittencourt) com Carequinha + Altamiro Carrilho e sua bandinha

5) Siré de Exu (Tradicional) com Filhos de Gandhy
6) Gigante de Guiné (Guiga de Ogum - Gilson Silva - Wadu da Ribeira) com Filhos de Gandhy
7) Ijexá (Edil Pacheco) com Filhos de Gandhy
8) Siré de Oxalá (Tradicional) com Filhos de Gandhy

9) Pra ninguém dormir (Florival Ferreira - Osvaldo Oliveira) com Osvaldo Oliveira
10) Jogo do amor (Antonio Barros) com Osvaldo Oliveira
11) Mal entendido (Antonio Bento - Osvaldo Oliveira) com Osvaldo Oliveira
12) Sacudindo o maracá (Florival Ferreira - Cesar Fontes) com Jacinto Silva
13) É pra incomodar (Sebastião Rodrigues) com Jacinto Silva
14) Choradeira (Jacinto Silva - Canhoto da sanfona) com Jacinto Silva
15) Sou nacioná (João Silva - J.B de Aquino) com Jacinto Silva

16) Diz que fui por aí (Zé Keti - Hortênsio Rocha) com Zé Keti
17) Máscara negra (Zé Keti - Pereira Mattos) com Zé Keti
18) Malvadeza durão (Zé Keti) com Zé Keti
19) Madrugada (Zé Keti) com Zé Keti
20) Opinião (Zé Keti) com Zé Keti

Pesquisa, Produção e apresentação: Cacai Nunes

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Programa Acervo Origens - 14set13



1) Trem de Ferro (Mario Zan - Geraldo Costa), com Mario Zan
2) Subindo a Lua (Mario Zan - Mariosi), com Mario Zan
3) Sofisticado (Nilo Silva - Wanderley Zan), com Mario Zan
4) Leva este (Mario Zan - Zando), com Mario Zan
5) Foi Boto sinhá (Waldemar Henrique), com Gastão Formenti
6) Tambatajá (Waldemar Henrique), com Fafá de Belém
7) Boi Bumbá (Waldemar Henrique), com José Tobias
8) Morena (Waldemar Henrique), com José Tobias
9) O jogo de bicho (Autor desconhecido), com Cornélio Pires, Mariano e Caçula
10) Toada de Cururu (Autor desconhecido), com Cornélio Pires, Mariano e Caçula
11) Futebol da bicharada (Autor desconhecido), com Cornélio Pires, Mariano e Caçula
12) Mascarada (Zé Keti - Elton Medeiros), com Zé Keti
13) Malvadeza durão (Zé Keti), com Zé Keti
14) Cicatriz (Zé Keti - Hermínio Bello de Carvalho), com Zé Keti
15) Diz que eu fui por aí (Zé Keti - H. Rocha), com Zé Keti
16) Tomando umas e outras (José de Lima e Silva)
Baralho de ouro (José Gonçalves Ramos)
Uma moça me perguntou (José Custódio), com Ciranda do Baracho
17) Essa ciranda quem me deu foi Lia (Baracho)
Morena Vem ver (Baracho), com Ciranda do Baracho
Programa Acervo Origens, todo sábado às 19h na Nacional Brasília FM 96,1mhz ou no www.acervoorigens.com
Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes
Redação: Gabriela Tunes
Digitalização do Acervo: Renato Menguele

domingo, 13 de janeiro de 2013

Programa Acervo Origens - 12jan13

Está no ar o Programa Acervo Origens da semana

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR

1) Trem de Ferro (Mario Zan - Geraldo Costa), com Mario Zan 
2) Subindo a Lua (Mario Zan - Mariosi), com Mario Zan
3) Sofisticado (Nilo Silva - Wanderley Zan), com Mario Zan
4) Leva este (Mario Zan - Zando), com Mario Zan
5) Foi Boto sinhá (Waldemar Henrique), com Gastão Formenti
6) Tambatajá (Waldemar Henrique), com Fafá de Belém
7) Boi Bumbá (Waldemar Henrique), com José Tobias
8) Morena (Waldemar Henrique), com José Tobias
9) O jogo de bicho (Autor desconhecido), com Cornélio Pires, Mariano e Caçula
10) Toada de Cururu (Autor desconhecido), com Cornélio Pires, Mariano e Caçula
11) Futebol da bicharada (Autor desconhecido), com Cornélio Pires, Mariano e Caçula
12) Mascarada (Zé Keti - Elton Medeiros), com Zé Keti
13) Malvadeza durão (Zé Keti), com Zé Keti
14) Cicatriz (Zé Keti - Hermínio Bello de Carvalho), com Zé Keti
15) Diz que eu fui por aí (Zé Keti - H. Rocha), com Zé Keti
16) Tomando umas e outras (José de Lima e Silva), com a Ciranda do Baracho
Baralho de ouro (José Gonçalves Ramos), com a Ciranda do Baracho
Uma moça me perguntou (José Custódio), com a Ciranda do Baracho
17) Essa ciranda quem me deu foi Lia (Baracho), com a Ciranda do Baracho
Morena Vem ver (Baracho), com a Ciranda do Baracho
Programa Acervo Origens todo sábado às 19h na Nacional Brasília FM 96,1mhz
Pesquisa, produção e apresentação: Cacai Nunes
Redação: Gabriela Tunes
Digitalização dos acervos: Renato Menguele

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Zé Keti - Sucessos (05/10/2011)

Zé Keti nasceu José Flores de Jesus, no Rio de Janeiro, no dia 16 de setembro de 1921. Se fosse vivo, teria completado 90 anos recentemente. O Zequinha, como era conhecido na infância, era neto de um flautista e de um pianista, e filho de um sergipano, que trabalhava na Marinha e, nas horas vagas, tocava cavaquinho. O Zequinha, desde criança, encantava-se com a música, e foi ainda criança que sofreu a primeira grande dor, a perda do pai. Mudou-se, então, com sua mãe, para a casa do avô, um homem apreciador de festas e serestas, que gostava de reunir amigos para beber, comer, cantar e tocar.  Entre eles, estavam, evidentemente, célebres nomes do samba e do choro. Zequinha vivia tudo isso observando, quietinho, sempre quietinho, pelos cantos. Então, o povo começou a chamá-lo de Zé Quietinho, que virou Zequéti, e como é muito chique ter a letra K no nome, ele acabou assinando, mais tarde, como Zé Kéti. Ainda na tenra infância, ele perdeu o avô, e mudou de casa de novo. No início do curso ginasial, ele largou a escola e foi trabalhar. Na vida de fazedor de bicos, ele encontrava tempo para espiar os sambas em Oswaldo Cruz, e, numa dessas, foi parar na Mangueira. Por azar da Mangueira, nesse dia, ele viu uma briga na escola, e acabou optando pela Portela. Adolescente, ele já compunha, mas não mostrava os sambas para ninguém. Ao completar 18 anos, ele já mostrava algumas de suas composições em rodas boêmias. Mas, exatamente aí, no ano de 1940, ele entrou na Polícia Militar, e se afastou do samba. Zé Keti retornou à Portela em 1945, para integrar o grupo de compositores. Em 1946, tem seu primeiro samba, Vivo Bem, gravado por Ciro Monteiro. Zé Keti permaneceu quase dez anos na Portela, mas, em 1954, foi acusado de plagiar e roubar músicas. Ele largou a Portela, e foi compor na União do Vaz Lobo. Nesse período, ele compôs A Voz do Morro, seu maior sucesso. Nessa época, também, Zé Keti caiu na graça do cineasta Nelson Pereira dos Santos, que incluiu músicas de Zé Keti nas trilhas sonoras de seus filmes, e, em 1957, dirigiu um longa-metragem, de nome Rio Zona Norte, sobre a vida e obra de Zé Keti. Em 1960, ele retornou à Portela, e começou a participar ativamente do Zicartola. Em 1962, juntamente com Elton Medeiros, Nelson Sargento, Paulinho da Viola, Anescar do Salgueiro, Jair do Cavaquinho, Oscar Bigode e Zé Cruz, formou o grupo A Voz do Morro. Eles gravaram três LPs que viraram referências do samba. Em 1964, ele participou do show Opinião, um espetáculo cênico musical, que abordava questões políticas e sociais da sociedade brasileira, e, assim, acabou se transformando em um símbolo da resistência à ditadura que começava no país. No Opinião, Zé Kéti interpretava o favelado; João do Valle, o migrante nordestino, e Nara Leão, a menina da Zona Sul. Na montagem do espetáculo, ele apresentou três sambas: Opinião, Diz que Fui Por Aí e Acender as Velas. Para o carnaval de 1967, ele compôs a marcha-rancho Máscara Negra, que foi, inclusive, objeto de ações judiciais, em que a viúva de Desdedith Pereira de Matos reclamava, para o marido falecido, a autoria da canção. Em 1969, a decisão judicial reconheceu a autoria de Zé Kéti, baseada na coerência que Máscara Negra guardava em relação às outras composições de Zé Keti. Na década de 1970, Zé Keti assistiu à retração do samba, do choro e de outros gêneros nacionais, concomitantemente à ascensão do rock, do pop e de outros gêneros estrangeiros. Tentou montar alguns negócios, no ramo de transportes marítimos e gastronomia, mas nada deu muito certo. Mudou-se, até, para São Paulo, em 1980, com esse intuito, e tentava ainda, junto com os empreendimentos comerciais, reerguer a carreira de músico compositor. Em 1987, sofreu seu primeiro derrame cerebral. Na década de 1990, inicia-se a “redescoberta” da música brasileira, e Zé Keti é convidado a participar da remontagem do Opinião e recebe vários prêmios, condecorações e homenagens. Em 1999, quando morreu sua ex-esposa e o grande amigo Carlos Cachaça, ele entrou em depressão. Ordenou ao corpo que parasse de funcionar, e morreu de falência múltipla de órgãos, no dia 14 de novembro de 1999.
O disco da postagem de hoje, gravado em 1967, foi o primeiro disco solo de Zé Keti que, ao contrário da prática da época, quando grandes compositores eram gravados pelos cantores do rádio, e nunca punham suas próprias vozes nas gravações, tem Zé Keti como intérprete. Além dos inegáveis sucessos Máscara Negra, Cicatriz, Diz que Fui Por Aí e Opinião, o disco tem umas coisas estranhas, como Prece de Esperança, Viver! e Vestido Tubinho, e coisas magníficas pouco conhecidas: Poema de Botequim, Queixa, Favelado, e a obra-prima Mascarada, feita em parceria com Elton Medeiros.



Lado A

01-Viver (Zé Keti)
02-Prece de esperança (Zé Keti)
03-Máscara negra (Zé Keti – Pereira Mattos)
04-Cicatriz (Zé Keti – H. Belo de Carvalho)
05-Opinião (Zé Keti)

Lado B

01-Mascarada Zé Keti – Heiton Medeiros)
02-Poema de botequim (Zé Keti)
03-Queixa (Zé Keti – Sidnei Miller – Paulo Thiago)
04-O favelado (Zé Keti)
05-Vestido tubinho (Zé Keti)
06-Diz que fui por aí (Zé Keti – H. Rocha)