O nome dela é Maria de Fátima Palha Figueiredo. Nasceu no dia 10 de agosto de 1956, em uma família abastada de Belém, no Pará. Aos 9 anos, a garotinha já impressionava a audiência, feita de familiares e amigos, que a ouviam cantar em reuniões caseiras. Na adolescência, fugia de casa para encontrar os amigos e cantar em bares e boates. Foi por conselho de Roberto Santana, do Quinteto Violado, que ela começou a investir na carreira de cantora, cantando em bares, restaurantes e pequenas apresentações no Rio de Janeiro, Salvador e Belém. Em 1975, gravou a música “Filho da Bahia", de Walter Queiroz, para a novela "Gabriela", da TV Globo. Logo em seguida, gravou o primeiro compacto, e, logo em 1976, o primeiro LP, que é esse da postagem de hoje. Ele conseguiu raros elogios de José Ramos Tinhorão, que na época era crítico de música do Jornal do Brasil. Ele disse que Fafá era “uma cantora destinada a figurar no primeiro time da atual geração de grandes intérpretes brasileiros”. Em 1977, gravou o disco “Água”, que estourou no Brasil inteiro, e vendeu mais de cem mil cópias. Em 1979, gravou outro disco, o “Sob Medida”, que cantava, além dos ritmos regionais, músicas urbanas. Ela chamava a atenção pelas interpretações viscerais, juntamente com figurinos que realçavam suas formas voluptosas, inclusive os seus famosos seios. Na década de 1980, Fafá começou a gravar coisas que delicadamente poderíamos chamar de românticas, mas que, verdadeiramente, eram meio bregas. Com isso, ela virou um fenômeno de vendas. Um episódio que marcou sua carreira ocorreu em 1984, no auge da transição para o regime democrático, por causa de sua polêmica interpretação do “Hino Nacional Brasileiro”, que foi contestada pela justiça, mas ovacionada por milhões de brasileiros que almejavam mudanças políticas no país. No final da década de 80, Fafá dedicou-se à carreira internacional, principalmente em Portugal. Ela até gravou um disco só de fados. Nos anos 90, Fafá voltou a se aproximar dos ritmos regionais do início da carreira, e gravou toadas de bumba-meu-boi e carimbós. O disco de hoje, Tambá-Tajá, mostra o lado menos conhecido de Fafá. Está repleto de belas canções, e Fafá mostra, com suas incríveis interpretações, porque se tornou tão famosa. Destaco Siriê, de Edil Pacheco e Paulinho Diniz, Xamêgo, de Luiz Gonzaga e Miguel Lima e Esse Rio é Minha Rua, de Paulo André e Ruy Barata.
Lado A
1-Indauê Tupã (Paulo André – Ruy Barata)
2-Tamba-Tajá (Waldemar Henrique)
3-Siriê (Edil Pacheco – Paulinho Diniz)
4-Vento negro (Fogaça – Kledir Ramil)
5-Xamêgo (Luiz Gonzaga – Miguel Lima)
6-Haragana (Quico Castro Neves)
7-Canção da volta (Antonio Maria – Ismael Neto)
Lado B
1-Pode entrar (Walter Queiroz)
2-Cá já (Caetano Veloso)
3-Gaudêncio 7 Luas (Luiz Coronel – Marco Vasconcelos)
4-Fazenda (Nelsinho Ângelo)
5-Esse Rio é minha rua (Paulo André e Ruy Barata)
6-Fracasso (Mario Lago)
Um comentário:
RARIDADE ESTE ARQUIVO.OBRIGADO!
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