Esse é o segundo disco da carreira de Fafá de Belém. O primeiro, Tamba-Tajá, foi postado em nosso blog, e está disponível aqui, junto com uma pequena biografia de Fafá de Belém. Foi a partir desse LP que Fafá alcançou a fama nacional, porque ele vendeu mais de cem mil cópias. Seguindo a mesma linha do primeiro LP, Água pretendia mostrar Fafá de Belém como uma cantora regional, que veio do meio do mato, saída diretamente da floresta amazônica. As músicas em geral falam da natureza, da vida simples das comunidades ribeirinhas, da tranqüilidade que esses lugares e esses modos de vida inspiram, das inquietações e da forma de amar dessas pessoas. A capa do disco, também, mostra a cantora na beira de um rio, com roupas simples, sugerindo uma enorme proximidade com a natureza. Já a instrumentação do disco prenunciava que a cantora tinha pretensões de ganhar outras terras, para além da vastidão das águas amazônicas. Estão presentes instrumentos que fazem referência ao regionalismo, como pau-de-chuva, percussões diversas, flautas imitando pássaros; mas nota-se a preponderância de instrumentos “universais”, como violão, cavaquinho, teclado, contrabaixo. Então, já no segundo disco da carreira, Fafá conectava sua origem amazônica com seu desejo de projetar-se como cantora do Brasil. O disco tem músicas maravilhosas, como Pauaíxuna, belíssima música dos compositores paraenses Paulo André e Ruy Barata, e Raça, de Milton Nascimento e Fernando Brant.
Lado A
1- Pauapixuna (Paulo André – Ruy Barata)
2-Araguaia (Rinaldo Barra)
3-Leilão (Hekel Tavares – Joracy Camargo)
4-Cordas de espinhos (Luiz Coronel – Marco Aurélio Vasconcellos)
5-Canção passarinho (Luiz Roberto)
6-Ontem ao Luar (Catulo da paixão Cearense)
Lado B
1-Raça (Milton Nascimento – Fernando Brant)
2-Sedução (Milton Nascimento – Fernando Brant)
3-Foi assim (Paulo André – Rui Barata)
4-Cidade pequenina (Caetano Veloso – Roberto Menescal)
5-O Andarilho (Dalton Vogeler – Orlando Silveira)
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