O Acervo Origens é uma iniciativa do violeiro, pesquisador e produtor musical Cacai Nunes e visa pesquisar, catalogar, divulgar e compartilhar conteúdos musicais na internet e em atividades culturais das mais diversas como shows, saraus, bailes de forró e programas de rádio. Ao identificar, articular e divulgar a música brasileira, sua história e elementos – entendidos como o conjunto entrelaçado de saberes, experiências e expressões de pessoas, grupos e comunidades, sobre os mais diversos temas – o ACERVO ORIGENS visa contribuir para a geração e distribuição de um valioso conhecimento, muitas vezes ignorado e disperso pelo território nacional.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Alcione - 1976 - A morte de um Poeta (09.09.2010)

        Alcione nasceu em 1947, em berço musical, porque seu pai era mestre da Banda da Polícia Militar de São Luís do Maranhão. Ele a ensinou a tocar instrumentos de sopro, principalmente a clarineta, que começou a estudar com 13 anos.  Com essa idade, ela já se apresentava com a Orquestra Jazz Guarani, de que seu pai era integrante. Um dia, o vocalista da orquestra ficou rouco, e ela o substituiu, com enorme sucesso. Ela se mudou para o Rio de Janeiro em 1968, e daí sua carreira deslanchou. Em 1972, gravou, pela Polygram, o primeiro compacto simples. Esse disco que trago para vocês, de 1976, é samba de primeira. Tem nomes como o lendário Dino 7 Cordas no violão, e Zé Menezes tocando o cavaquinho. É delicioso ouvir a voz jovem da Marrom, interpretando lindamente músicas que foram seus primeiros grandes sucessos, como "Lá vem você" (Totonho, Paulinho Rezende e Zayrinha), "Morte de um poeta" (Totonho e Paulinho Rezende) e "É melhor dizer adeus" (Mita).  

Atentem para a letra de “Morte de um poeta”, cuja poesia retrata bem o universo do samba, em que tristeza, alegria e esperança são sentimentos que não se separam,  e inspiram a música. Linda poesia (mas, dizem, poeta que morre é semente / de samba que vem de repente / e nasce se a gente cantar / e dizer que a dor doeu / que o poeta adormeceu / como um pássaro cantor / quando vem no entardecer / acho que nem é morrer).  

             
1976 - A Morte de um Poeta 
                   



      Lado A

1-      Morte de um poeta (Totonho – Paulinho Rezende)
      Arranjo: Chiquito Braga

2-      Agoloña (Ederaldo Gentil – Batatinha)
      Arranjo: Roberto Santana

3-      Retalhos (Paulo Debétio – Paulinho Rezende)
      Arranjo: Perinho Albuquerque

4-      Cajueiro velho (João Carlos)
      Arranjo: Meirelhes

5-      Tatu, engenheiro do metrô (Antonio Carlos da Conceição – Bidú)
      Arranjo: Zé Menezes

6-      É melhor dizer adeus (Mita)
      Arranjo: Meirelhes

Lado B

1-      Canto do Mar (Totonho – Paulinho Rezende)
      Arranjo: Meirelhes

2-      Lá vem você (Totonho – Paulinho Rezende – Zayrinha)
       Arranjo: Chiquito Braga

3-      Lua menina (Edil Pacheco – Paulinho Diniz)
      Arranjo: Zé Menezes

4-      Traje de princesa (Beto Scala – São Beto)
      Arranjo: Perito Alburqueque

5-      Tié (Yvonne Lara – Hélio Fuleiro)
       Arranjo: Perito Alburqueque

6-      Jesuíno galo doido (Antonio Carlos – Jocafi)
       Arranjo: Zé Menezes

Nenhum comentário: