O paraíbano Sivuca nasceu em Itabaiana, em 1930. Começou a tocar aos 9 anos, quando ganhou a sanfona do pai. É um dos melhores sanfoneiros do Brasil, e gravou mais de 40 discos. Para nossa tristeza, faleceu em 2006. Recentemente, o uso de sua imagem e biografia tem sido o centro de uma polêmica. Tem um texto sobre isso aqui no blog.
Esse disco que trago para vocês foi gravado no exterior, em Nova Iorque. Sivuca passou mais de 10 anos residindo em Nova Iorque, no período que coincidiu com o auge da bossa-nova, cujo sucesso se associava à ideologia do “Brasil como país do futuro”, que negava tudo o que pudesse remeter à idéia de passado e ultra-passado. Nesse contexto, os gêneros tradicionais (ritmos nordestinos, samba, choro, entre outros) sofreram forte retração no país, e músicos como Sivuca perderam espaço aqui. Por isso, sua estada nos EUA foi de extrema importância.
Lá, inclusive, ele se firmou como um dos maiores acordeonistas do mundo. Esse disco é produzido por ele, e conta com a participação de músicos norte-americanos. Mas Sivuca canta, toca percussão, teclado, guitarra e, é claro, sanfona. Não custa reparar nos comentários dos críticos e jornalistas norte-americanos, que estão na contra-capa do disco: um chama Sivuca de baiano, outro fala que ele é um gnomo de múltiplos talentos. Esses comentários mostram que, embora os EUA tenham acolhido Sivuca em um momento crucial de sua vida, ele era visto como um ser exótico, algo de outro planeta.
1974 - Sivuca
Lado A
1- Ain’t no sunshine (Bill Withers)
2- Você abusou I’m free as a bird (Antonio Carlos – Jocafi)
3- Tunnel (Hermeto Pasqual)
4- Ponteio (Edu lobo – Capinam)
5- Rosa na favela A rose Born in the ghetto (Sergio Recardo)
Lado B
1- Adeus Maria fulo (Sivuca – H. Texeira)
2- Inquietação Foolishness of Young love (Ari Barroso)
3- Amor verdadeiro True love (Sivuca – Bandeira)
4- Lament of berimbau (Sivuca)
5- Arrasta pé Partytime northeast Brazil (Sivuca , base don a Brazilian theme)
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