Mauricio Einhorn – Nascido na Lapa, no Rio de Janeiro, em 29 de maio de 1932, Mauricio, cujo nome era Moisés David, foi criado no flamengo. Com cinco anos, já brincava com uma harmônica de boca, que ganhou de seus pais, que eram gaitistas também. Ele começou tirando de ouvido valsas vienenses, especialmente as de Strauss. Ele se diz um músico de ouvido, apesar de ter estudado com Eumir Deodato e Moacir Santos, e dominar a teoria musical. Ao contrários da maioria dos músicos populares cariocas, Mauricio não teve o choro e o samba como grandes influências. Ele ouvia polcas e obras de J. Strauss e, posteriormente, Frank Sinatra, Haymes, Doris Day, Andrews Sister e com as orquestras de Tommy Dorsey e Glenn Miller, Luiz Eça, Erroll Garner, Hank Jones, Lennie Tristano, Kenny Barron, Thelonious Monk e Oscar Peterson, de Toots Thielemans e de Charlie Parker, além de toda a obra de Chopin. Mas, claro, ele também teve influência de grandes músicos brasileiros, como Pixinguinha e Noel Rosa. E participou também de momentos incríveis da música brasileira, porque acompanhou, em shows e gravações, dezenas de artistas, como Vitor Assis Brasil, Chico Buarque, Os Gatos, Abolição, Claudette Soares, Eumir Deodato, Os Cariocas, Gilberto Gil, Elis Regina, Nara Leão, Maysa, Raul Seixas, Maria Bethânia, Elba Ramalho, Zizi Possi, Elizabeth Cardoso, Luiz Melodia, Tito Madi, Pery Ribeiro, Carmen Costa, Olívia Hime, Lúcio Alves, Tom Jobim, Baden Powell, Edu Lobo, Hermeto Pascoal, Manfredo Fest, Paulo Moura, Sebastião Tapajós, Sérgio Mendes, Sivuca, entre outros. Mauricio Einhorn, por fim, tem cerca de quinhentas composições.
Sebastião Tapajós – nascido em Santarém, no Pará, ele começou a estudar violão com nove anos de idade, com seu pai. Morou em Belém e, depois, no Rio de Janeiro. Estudou violão clássico em Portugal, no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, e na Espanha, com Emilio Pujol. Quando terminou os estudos, voltou ao Brasil. Sua carreira teve um grande impulso quando ele tocou o Concerto para Violão e Pequena Orquestra, de Villa-Lobos, com a Orquestra Sinfônica Nacional, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Na década de 1970, Tapajós estudou a fundo a música brasileira, interpretando grandes compositores, compondo e pesquisando ritmos e gêneros populares. Criou um estilo próprio de compor e tocar, utilizando recursos variados do violão. Ele já gravou mais de 50 discos, e já tocou com Gerry Mulligan, Astor Piazzolla, Oscar Peterson, Paquito D’Rivera, Zimbo Trio, Maurício Einhorn, Hermeto Pascoal, para citar apenas alguns.
Arismar do Espírito Santo – ele toca contrabaixo, violão, guitarra, piano e bateria. Já tocou com Hermeto Pascoal, César Camargo Mariano, Sebastião Tapajós, Jane Duboc, Sueli Costa, Raul de Souza, Maurício Einhorn, Hélio Delmiro, Roberto Sion, Sivuca, Filó Machado, Dominguinhos, Luís Eça, Dory Caymmi, Heraldo do Monte, Lenine, Joyce, Paquito D’Rivera, Lisa Ono, João Donato, Laércio de Freitas, Leny Andrade, Maurício Carrilho, Paulo Moura, Toninho Horta, Yuka Kido, Borguetinho, Eduardo Gudin, Zé Renato, Leandro Braga, Cristóvão Bastos, Fátima Guedes, Nivaldo Ornelas, Roberto Menescal, Banda Mantiqueira, Henrique “Zurdo” Roizner, Satoshi Takeishi, John Lee, Lucho Gonzales, apenas para citar alguns. Ganhou o Prêmio Sharp de Música com seu primeiro CD solo.
Bom, então, quando esses três espetaculares músicos resolveram tocar juntos, imaginem o que deu. É música brasileira profunda. Então, ouçam e aproveitem!
Lado A
1-Tema pro Barney Kessel
(Maurício Einhorn – Sebastião Tapajós)
2-Alma nômade
(Maurício Einhorn – Sebastião Tapajós)
3- Ary, olha!
(Maurício Einhorn – Sebastião Tapajós)
4-Romântica
(Maurício Einhorn – Sebastião Tapajós)
5-Luá, Joá
( Sebastião Tapajós)
Lado B
1-Suíte pra Detinha
(Maurício Einhorn – Sebastião Tapajós)
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